Representantes das indústrias de carnes e pecuaristas presentes no 8o Encontro Nacional do Novilho Precoce, na sexta-feira (04), em Araçatuba (SP), concordam com o prazo para que entrem em vigor as novas regras de rastreabilidade.
A partir do dia 15, só serão autorizadas exportações à União Européia quando comprovado que o animal abatido estava cadastrado no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) há pelo menos 40 dias. “Não pretendemos medir forças com o setor frigorífico, mas queremos o cumprimento do prazo, que é fundamental para a credibilidade do Brasil no exterior”, disse o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Amauri Dimarzio.
Os animais cadastrados após 15 de julho terão que passar por quarentena até serem liberados para o abate destinado à exportação para a UE. A partir de dezembro deste ano, os frigoríficos que exportam para outros países além da União Européia também só estarão autorizados a abater animais rastreados.
O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Ênio Marques, acredita que não deve haver falta do produto para venda a partir do dia 15. “Alguns frigoríficos podem ter dificuldade para encontrar bovinos rastreados na quantidade necessária, mas neste caso podem buscar outros fornecedores”.
Segundo a Abiec, para manter as vendas à UE são necessárias 1 milhão de cabeças por mês. “Temos certeza de que esta demanda já é atendida”, afirmou o presidente do Fórum Nacional da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, lembrando que os pecuaristas esperam agora que os frigoríficos paguem mais pelos animais rastreados.
O presidente da Associação das Empresas de Certificação e Rastreabilidade Agropecuária (Acerta), José Luiz Vianna, admitiu que o número de animais rastreados abatidos pode diminuir, mas acredita que não haverá prejuízos as exportações. “Podem administrar a oferta menor por meio dos estoques”.
O presidente Abiec, Edvar Vilela de Queiroz, disse que os frigoríficos vão atender às instruções do ministério. “Vamos nos empenhar para cumprir todas as exigências”, disse Queiroz, que também é presidente do Frigorífico Minerva.
Fonte: Zero Hora (por Alessandra Mello) e Gazeta Mercantil (por Alexandre Inácio), adaptado por Equipe BeefPoint