Preço da carne vermelha dispara nos EUA
11 de fevereiro de 2022
Avanço de práticas sustentáveis poderá tornar grão “carbono neutro” até 2030
14 de fevereiro de 2022

Receita com exportações de carne bovina e suína nos EUA batem recordes

exportações de carne bovina dos EUA

Em 2021, as exportações de carne bovina dos Estados Unidos superaram os recordes anteriores em volume e em valor, ultrapassando a barreira dos US$ 10 bilhões, de acordo com dados de divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), compilados pela Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF).

Os embarques norte-americano de carne suína terminaram 2021 um pouco abaixo do volume recorde alcançado em 2020, mas estabeleceram um novo patamar histórico em faturamento, chegando a US$ 8 bilhões no ano passado.

As exportações norte-americana de carne bovina em dezembro totalizaram 121.429 toneladas, um aumento de 1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto o faturamento subiu 33%, para US$ 991,8 milhões – o terceiro maior valor mensal já registrado pelo país.

Em volume, os embarques de carne bovina dos EUA atingiram 1,44 milhão de toneladas em 2021, um aumento de 15% em relação ao resultado do ano anterior e 7% acima do recorde anterior estabelecido em 2018.

Em faturamento, as exportações somaram US$ 10,58 bilhões em 2021, um aumento de 38% em relação a 2020 quebrando o recorde anterior (também de 2018).

No ano passado, as exportações norte-americana de carne bovina para Coreia do Sul, Japão e China/Hong Kong ultrapassaram a marca de US$ 2 bilhões em cada um desses mercados – também superando os recordes anteriores.

Os embarques também estabeleceram um novo recorde de valor em Taiwan e atingiram novos patamares na América Central, Colômbia e Indonésia.

“Os resultados da exportação de carne bovina são realmente notáveis, especialmente considerando os obstáculos relacionados ao vírus da Covid-19 no setor global de serviços de alimentação e todos os desafios logísticos enfrentados pela indústria dos EUA”, disse o presidente e CEO da USMEF, Dan Halstrom.“Obviamente, os nossos grandes mercados asiáticos foram responsáveis ​​por grande parte do crescimento, mas é realmente necessária uma demanda global ampla para atingir esses níveis impressionantes”, acrescentou. Portanto, continua Halstrom, “essa história de sucesso não abrange apenas os mercados da Coreia, Japão e China, mas também devido a um forte desempenho em Taiwan, a um excelente crescimento na América Central e do Sul e uma recuperação no México e no Sudeste Asiático”.

Mercados – A USMEF também informou que as exportações de carne bovina estão capitalizando os ganhos de acesso ao mercado incluídos no Acordo Econômico e Comercial da Primeira Fase EUA-China.

As exportações de carne bovina para a China/Hong Kong somaram US$ 2,09 bilhões em 2021, um aumento de 114% em relação a 2020, enquanto o volume subiu 87%, para 240.827 toneladas.

As exportações diretas para a China, que começaram a ganhar força significativa em meados de 2020, aumentaram 346% em volume (190.803 toneladas) e 413% em valor (US$ 1,59 bilhão).

A carne bovina dos EUA foi responsável por 6% do total de importações da China em volume e 11% em valor, segundo a USMEF.

Novo recorde de valor para a carne suína – As exportações de carne suína caíram 17% em dezembro/21, em relação ao mesmo período do ano anterior, para 215.872 toneladas, somando US$ 604,3 milhões (queda de 12%).

No acumulado de janeiro a dezembro de 2021, o volume de exportação norte-americana de carne suína foi de 2,92 milhões de toneladas, uma queda de 2% em relação ao recorde de 2020, mas o faturamento dos embarques subiu 5%, para um recorde de US$ 8,11 bilhões.

As exportações recorde de carne suína para o México, América Central, República Dominicana, Colômbia e Filipinas ajudaram a compensar a queda na demanda da China em 2021, observa a USMEF.

Os embarques também aumentaram para o Japão e a Coreia do Sul, incluindo maiores volumes de carne suína resfriada.

“No início do ano passado, por causa da recuperação do rebanho suíno da China e de sua crescente produção doméstica de carne suína, sabíamos que seria uma tarefa desafiadora igualar o nível recorde de exportações de carne suína alcançado em 2020”, disse Halstrom. “Mas os EUA são menos dependentes da China do que outros grandes exportadores de carne suína, e isso se refletiu definitivamente nos resultados de 2021”, acrescenta ele.

Mesmo com os embarques para a China caindo quase 30%, as exportações totais dos EUA tiveram um desempenho muito forte graças ao excelente crescimento na América Latina e em outros mercados-chave, ressaltou Halstrom.

Fonte: Portal DBO.

Os comentários estão encerrados.