Impulsionada pelas cotações elevadas das commodities agrícolas, pela colheita recorde de soja na safra 2020/21, pelo encarecimento de insumos como fertilizantes e defensivos e pela expansão de suas atividades, a receita líquida conjunta das 500 maiores empresas do agronegócio brasileiro alcançou a marca recorde de R$ 1,393 trilhão no ano passado, 21,7% a mais do que o total registrado em 2020.
É o que aponta o tradicional “Anuário do Agronegócio” da revista Globo Rural, que será lançado na noite desta quarta-feira em evento presencial na capital paulista que reunirá empresários, executivos, produtores e autoridades, entre outros representantes do setor. O evento marcará a 18ª edição do “Prêmio Melhores do Agronegócio”, quando serão anunciados os vencedores em 21 categorias, incluindo a maior entre as 500, a melhor em sustentabilidade, a melhor entre pequenas e médias e a “campeã das campeãs”.
A iniciativa conta com avaliação da Serasa Experian, responsável pelo levantamento e pela análise dos dados de centenas de empresas ligadas ao setor produtivo – do campo ao varejo, passando por indústrias e serviços. O trabalho incluiu dados de mais de 600 empresas. As avaliações levam em consideração resultados financeiros – que têm peso de 70% na nota final – e ações socioambientais (30%), cada vez mais importantes no agro brasileiro.
“A evolução desses números surpreende a cada ano e mostra o quanto o setor é resiliente. É capaz de crescer durante uma pandemia ou até em meio a uma guerra que afeta diretamente os custos de produção da atividade. Também é importante destacar a força que faz as empresas chegarem a esse resultado, que são as pessoas. Hoje, o agronegócio emprega quase 20 milhões de pessoas, e cada vez mais tem criado novas oportunidades de trabalho. É a vocação do Brasil”, afirma Cassiano Ribeiro, editor-chefe da Globo Rural.
Fonte: Valor Econômico.