A receita das exportações de carne bovina do país cresceu 42% no ano passado em relação a 2021 e alcançou o recorde de US$ 13,091 bilhões, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume dos embarques aumentou 26%, para 2,34 milhões de toneladas, o que mostra que o preço médio dos cortes vendidos subiu.
Mas o quadro não deverá se repetir em 2023, segundo a entidade, porque houve uma intensa renegociação de valores com clientes do mercado chinês nos últimos meses, e os preços médios já caíram mais de 10%. A China é o principal destino das exportações brasileiras.
China
De acordo com a Abrafrigo, em 2022 o Brasil aproveitou a “boa maré do mercado mundial”, especialmente da China, que absorveu 53,3% do volume de embarques (60,9% da receita consolidada). No total, 110 países ampliaram as compras de carne bovina brasileira, e houve queda para 57 mercados.
EUA
Os Estados Unidos se consolidaram como um importante mercado consumidor da proteína exportada pelo Brasil. O volume vendido para o país cresceu 47%, para 117,8 mil toneladas, e a receita foi 12,8% maior (US$ 904,1 milhões).
Chile e Egito
Em terceiro lugar no ranking dos principais destinos ficou o Chile, mesmo com queda de 27,5% no volume importado, para 71,86 mil toneladas, e de 29,2% na receita, para US$ 360,1 milhões. O Egito ficou na quarta posição, com compras de US$ 354,4 milhões em receita (+62,1%) e de 99,99 mil toneladas (+69,7%) em 2022.
Hong Kong
Hong Kong ocupou a quinta posição na lista, com faturamento 61,1% menor, de US$ 308,9 milhões em 2022, e volume 57,1% mais baixo (88,53 mil toneladas). “Esse recuo foi amplamente compensado pela elevação das compras da China pelo continente”, diz a Abrafrigo, em nota.
Fonte: Valor Econômico.