O ministro de Saúde Animal britânico, Elliot Morley, anunciou que será introduzida no começo de setembro uma dispensa adicional à suspensão de 20 dias ao movimento dos animais, como parte do próximo pacote de mudanças no regime de movimento de animais que está em vigor temporariamente. Uma opção será fornecida aos ovinos e bovinos que forem usados para produção nesta estação, os quais serão mandados a um estabelecimento rural estritamente isolado por 20 dias. Porém, o restante dos animais da propriedade rural não estará sujeito à restrição de movimentação de 20 dias.
Este anúncio seguiu-se à recente conversa entre o Ministério da Agricultura britânico e a União Nacional dos Produtores Rurais do país, além de longas discussões com outras pessoas da indústria, particularmente da Associação Nacional dos Criadores de Ovinos, Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina, Associação dos Leilões de Animais e União dos Produtores de Gales.
Entretanto, o regime de restrição dos movimentos dos animais de 20 dias, que serve de base para o atual regime de movimentos dos animais, foi instalado como parte das precauções contra a febre aftosa, e continuará em vigor até que regras permanentes sejam estabelecidas no começo do ano que vem.
Morley disse que há claras evidências científicas e indicações veterinárias de que o período de restrição de 20 dias permanece sendo a melhor forma de obter esses dois objetivos chave – dar um tempo para a detecção de qualquer novo surgimento da febre aftosa; e diminuir a velocidade da disseminação de qualquer doença não detectada no período entre sua instalação e sua detecção.
Os benefícios da restrição dos movimentos dos animais têm sido sancionados pelos Inquéritos feitos pela Royal Society sobre as lições aprendidas sobre a doença, que foram divulgados no mês passado. Eles enfatizam que é necessário detalhar a avaliação de riscos e fazer uma análise de amplo alcance sobre o custo-benefício antes que qualquer mudança neste regime de 20 dias sem movimentação animal seja feita.
Morley disse que, de acordo com as evidências científicas e com as indicações veterinárias, o Governo britânico reconhece que há riscos em caso de qualquer relaxamento da restrição nos 20 dias. Entretanto, ele também reconhece que a restrição gera significantes dificuldades em algumas seções da indústria de animais domésticos, particularmente durante o outono, período de produção dos ovinos. Desta forma, o Departamento para o Meio-Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) está determinando estas dispensas limitadas para capacitar os produtores cujos negócios serão substancialmente afetados pela lei dos 20 dias, apesar de eles terem que arcar com as condições e com os custos envolvidos.
Fonte: MeatNews, adaptado por Equipe BeefPoint