Fechamento 11:47 – 11/03/02
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Reino Unido: possível redução nas restrições às exportações de carne

O ministro da Agricultura do Reino Unido, Elliot Morley, disse ontem à noite que está promovendo um relaxamento na regulamentação das exportações de carne bovina. Segundo ele, o declínio no número de casos da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no rebanho britânico justifica uma revisão nas condições atuais, responsáveis pelo atraso nas exportações do país.

“Essa discussão está a caminho. Como o número de casos declinou no Reino Unido, comparados com os da Europa, eu acho que nós temos o direito de pedir uma revisão do esquema de exportação”. O esquema atual foi introduzido em agosto de 1999, após a epidemia da EEB e a divulgação da possível ligação desta doença com uma variante humana. Entretanto, as rígidas condições impostas pela União Européia (UE) fizeram com que houvesse uma queda nas exportações, com relação ao volume exportado antes da doença ter sido relacionada com a enfermidade humana, em 1996.

As esperanças de uma recuperação no mercado foram totalmente frustradas quando o país apresentou casos de febre aftosa, em fevereiro do ano passado. Esse episódio fez com que as exportações britânicas de carne bovina fossem proibidas – situação que permaneceu até o início deste ano.

Atualmente, apenas duas companhias do Reino Unido têm licença da Comissão Européia para exportar carne bovina, localizadas nas regiões de Cornwall e Stirling. Porém, ambas operam sob condições bastante rígidas para poder exportar seus produtos, as quais aplicam-se a toda carne produzida por elas, mesmo que seja destinada ao mercado interno.

Muitas pessoas acreditam que essas condições impostas pela Comissão Européia são muito rígidas, e precisam ser afrouxadas, para que os abatedouros possam ampliar sua capacidade de produção de carnes para exportação. A União Nacional dos Produtores Rurais do Reino Unido (NFU) informou que apóia a decisão do governo de mudar o atual esquema de exportação.

Houve 62 casos de EEB no Reino Unido neste ano (até março), comparado com os 8,09 mil em 1996 e os 37,05 mil em 1992, quando a doença atingiu seu pico. A maioria dos casos ocorreu em animais nascidos antes do país ter proibido a importação de alimentos possíveis de estarem contaminados – que ocorreu em agosto de 1996 -, mas 14 desses casos ocorreram em animais nascidos depois disso. A hipótese para isso é que os animais tenham sido contaminados durante seu transporte.

Fonte: icWales, adaptado por Equipe BeefPoint

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