A Comissão Britânica de Carnes e Animais Domésticos (MLC) lançou uma consulta sobre o rascunho de um projeto que visa a rotulagem voluntária, que deve ser incluída no Código de Práticas do país, informando a origem das carnes vendidas em bares, restaurantes, hotéis e cantinas.
A pesquisa feita com os consumidores pelo MLC mostrou que a maioria deles quer saber de onde vem a carne que vão consumir. “Nossa pesquisa mostrou que dois terços dos consumidores acreditam que as carnes que eles comem fora de suas casas são britânicas, quando a realidade é que a penetração da carne produzida domesticamente no mercado total de foodservice é de apenas 38%”, disse o diretor de marketing da MLC, Richard Lowe. “De fato, 81% dos consumidores disseram que preferem comer em restaurantes que informam que a carne utilizada é britânica”.
A consulta preparou um rascunho do documento do Código de Práticas, que foi divulgado durante a “Conferência Britânica de Carnes para Foodservice”, ocorrida em Londres, que contou com a participação de 700 chefes de cozinha, gerentes de compras, e outros profissionais do setor do Reino Unido. Agora, este documento está sendo enviado para cerca de mil acionistas e negociantes do setor como parte da consulta, que terminará em três de dezembro.
O Primeiro Ministro britânico, Tony Blair, disse que parabenizava a MLC por estar liderando este tipo de iniciativa que dá às pessoas mais chances de escolha e informações sobre o que estão comendo.
O presidente da MLC, Peter Barr, disse que a pesquisa mostrou que existe uma lacuna neste mercado. “Uma lacuna entre o que os consumidores acreditam e o que é realmente a realidade sobre as carnes que eles ingerem. Além disso, há uma lacuna entre a informação que eles gostariam de obter nos menus e a informação que atualmente é fornecida. Eu quero corrigir isso. Eu acho que a indústria tem tudo a ganhar e nada a perder sendo clara e informando a seus consumidores de onde vem a carne que eles consomem”.
Barr solicitou às companhias de foodservice que se unam à comissão para este trabalho, aumentando a transparência com relação à origem das carnes.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint