Reino Unido retoma exportação de carne e de animais vivos

A União Européia (UE) suspendeu as últimas restrições sobre as importações de carne bovina e de animais vivos do Reino Unido depois da imposição de uma proibição que durou um ano, provocada por uma epidemia de febre aftosa. A comissão para assuntos veterinários dos 15 membros da UE abriu as portas aos criadores britânicos de animais para reingressarem completamente ao seu maior mercado.

Antes do início da epidemia em fevereiro de 2001, as exportações de carne da Grã-Bretanha totalizavam 400 milhões de libras esterlinas (US$ 566 milhões) anuais. “Boa parte do comércio se recuperará rapidamente”, acredita o gerente da Comissão de Animais Vivos e de Carne, Peter Hardwick. “Em alguns mercados teremos de trabalhar com mais afinco do que em outros”.

A Grã-Bretanha, quinto maior produtor pecuário da UE, abateu mais de um décimo dos seus animais para combater a aftosa, cerca de 6 milhões de suínos, bovinos e ovinos. Embora o governo tivesse declarado o fim do surto no mês passado após detectar o último caso em setembro, quase todos clientes de fora da UE ainda mantinham as restrições às importações.

A epidemia custou quase 1,5 bilhão de libras esterlinas (US$ 2,21 bilhões) em compensação aos produtores, em desinfecção de fazendas e contas pagas aos veterinários. A Grã-Bretanha perdeu bilhões de libras em turismo e comércio exterior.

A decisão da UE permite que a maior parte das exportações de carne, produtos de origem animal e de animais vivos seja retomada sem restrições. As exportações de ovinos serão submetidas a limitações que dizem respeito ao seu nível de movimentação antes do embarque.

A decisão da UE segue-se a uma medida semelhante adotada no mês passado pelo Departamento Internacional de Epizootias, com sede em Paris, na qual as opiniões de 158 países são consideradas para regular as importações de carne.

As conversações sobre a retomada das exportações ao Japão e a outros clientes de fora da Europa estão em andamento, como informou a Comissão de Animais Vivos e de Carne.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint