Margen fecha seis frigoríficos no MS, GO e MT
4 de janeiro de 2006
Inovação tecnológica em forrageiras para eqüinos e ovinos
6 de janeiro de 2006

Reino Unido: trabalho escravo subsidia carne brasileira

Um estudo a ser publicado neste ano afirma que a carne brasileira consumida pelos britânicos tem grandes chances de vir de fazendas com trabalho escravo, de acordo com uma reportagem, sob o título “Carne barata brasileira importada é subsidiada por trabalho escravo”, publicada nesta quinta-feira pelo jornal inglês The Daily Telegraph.

Segundo o jornal, o estudo foi feito por David Ismail, um fazendeiro de Pertshire, na Escócia, com financiamento da organização de caridade Nuffield Foundation.

Ele teria visitado o Brasil para analisar as condições sociais sob as quais são produzidas as crescentes exportações de carne do país, que, segundo o jornal, “estão prejudicando os preços mundiais”.

Um conselheiro comercial da Embaixada Brasileira em Londres, Alberto Fonseca, disse ao jornal que é impossível garantir que a carne de áreas com floresta derrubada não estivesse chegando à Grã-Bretanha. Segundo ele, a maior parte da carne exportada vem do Estado de São Paulo, “onde a derrubada da floresta ocorreu nos séculos 17 e 18”.

A reportagem não ouviu nenhum comentário de criadores ou exportadores brasileiros para comentar as acusações do estudo.

Participe da enquete, dando sua opinião sobre: Qual deve ser reação do Brasil contra acusações vindas do exterior, relacionadas a meio-ambiente, responsabilidade social, segurança alimentar e bem-estar animal, que podem afetar as exportações?

Fonte: BBC, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Péricles Gouveia Bertoni disse:

    Tenho acompanhado atentamente notícias sem nenhum cunho verdadeiro a pipocar pela imprensa mundial (Noruega/Irlanda/Inglaterra etc), enquanto enfrentamos uma das maiores crises da nossa indústria frigorífica no Brasil.

    Não podemos ficar aqui esperando uma resposta de nossas autoridades, pois estas têm mostrado pouco interesse ou quase nenhuma afinidade com nosso setor. Portanto gostaria que nossas associações (Abiec, Abef, Abipecs e outras) tomassem a frente e, de forma conjunta, responder e inclusive processar estes indivíduos (estrangeiros) que vêm em nosso país visitar com objetivos escusos de criar e armar relatórios onde julgam os fatos de nossa realidade sem nenhum preparo para separar os problemas de nossa conjuntura social e criam generalidades para aí fazer destas uma armadilha para destruir a imagem de nossa indústria, e por que não dizer de nosso País.

    E como contra ponto destas denúncias, divulgar nossa indústria e produtos mostrando, o quanto somos competitivos com qualidade. Cabe aqui dizer que, se formos mais a fundo, poderemos desmontar este lobby de países protecionistas informando a comunidade internacional o quanto a indústria e os produtos destes países são subsidiadas camuflando os verdadeiros preços em toda cadeia.

    Péricles Bertoni – Trader do Grupo Garantia e Pecuarista.

  2. RENATO LOTFI disse:

    É lamentável uma noticia inverídica deste tipo ter espaço na imprensa internacional, e confirma o interesse de grupos em boicotar a carne e a pecuária brasileira, que produz de forma eficiente e socialmente responsável.

  3. Bruno de Jesus Andrade disse:

    Por mais que se denominem de primeiro mundo, esse pessoal tem muito que aprender!. Podemos começar ensinando-os que o Brasil não é o mesmo que Argentina, Chile ou Bolivia, pois em filmes e seriados que assisto me vejo com todas as nacionalidades menos brasileiro, sim, pois a falta de informação e descaso dos países desenvolvidos com os latinos é total, não são capazes de diferenciar um país de outro qualquer. Em um programa que assisti recentemente confundiram samba com lambada.

    Também importante ressaltar que a capital do Brasil foi Rio de Janeiro a algum tempo atrás e nos dias de hoje é Brasília. Tão fácil, não é. As informações se desencontram de tal forma, que até parece que ainda estamos no período de escravidão, que o país não deixou de ser atrasado e com selvagens. Vale lembrar que, por mais corrupção que tenhamos (e disso tenho vergonha!), somos convidados por países a participar de suas eleições, devido ao alto grau de democracia existente no Brasil. Acredito que essas informações acerca da produção de carne no Brasil são puramente de mercado, desvalorizando nosso produto no contexto global, porém agirem de burros e ignorantes para que esse fim seja alcançado, aí já é demais. Seria muito mais “legal” produzirem com melhor qualidade seus produtos a fim de desbancar o nosso. Se temos competência, conseguimos com esforço e não explorando outras nações. Até breve.

  4. João Paulo Ferreira Nunes disse:

    Esses britânicos e os escoceses, principalmente, não tem competência e nem capacidade de produzir uma carne de qualidade, com preços competitivos E LIVRE DO PRÍON DA VACA LOUCA. E ficam de lá, sem conhecer a nossa realidade, a nossa pecuária altamente competitiva, o nosso BOI de PASTO (O BOI VERDE e amarelo), que é criado e engordado de maneira natural sem agredir o meio ambiente. E mais, sem nenhuma, mas nenhuma mesmo, fonte protéica de origem animal. E digam a eles que a nossa abolição da escravatura foi em 1888. Infelizmente, ainda há alguns raríssimos casos de exceção, como os casos de trabalho quase que escravo em algumas carvoarias na região norte. E não em fazendas de pecuária.

    E outra, a nossa carne que é exportada para a Europa, tem certificação de rastreabilidade e Eurepgap também. Peçam a esses desavisados para pegarem o certificado de rastreabilidade da carne brasileira, extremanente saborosa que eles degustaram, e virem aqui no Brasil conhecer as fazendas das quais saíram estes animais. São fazendas profissionais de produtores profissionais, de animais geneticamente superiores, de práticas de manejo excelentes, de uma nutrição protéica, energética e mineral muito boa, e de um controle sanitário perfeito. E mais, sem fontes protéicas de origem animal.

    E digam a eles, para não se esquecerem que quem começou o grande mal que aterroriza o mundo – A VACA LOUCA – foram eles. Tratando seus animais com formas de “canibalismo”.

    E como diria Joelmir Beting: “Lá fora, metade do mundo tem inveja da nossa agropecuária. E outra metade tem medo”.

    João Paulo Ferreira Nunes – Médico Veterinário
    CRMV-SP 16.129
    CRMV-MT 2.186

  5. Fernando Penteado Cardoso disse:

    Amigos pecuaristas:

    Noticiam os descendentes de celtas, saxões, normandos e “vikings” que seus patrícios não devem comer carne brasileira porque seria produzida por braço escravo. Pouco adianta desmentir, estrebuchar ou propor represálias tais como processar, lá na Escócia, o gringo que falou mal de nós.

    Cumpre entender, antes de mais nada, “o comércio da notícia”. Cada vez que uma notícia é publicada, o divulgador paga direitos a uma agência, a qual, por sua vez, comprou a notícia de quem a editou. Então é assim: uma associação de produtores precisa reduzir a concorrência, então procura uma ONG e propõe, financiando, a produção de uma notícia “quente” que possa interessar a uma agência distribuidora. Mandam um careta fazer uma viagem para criar uma áurea de credibilidade e passam as informações e fotos obtidas para um redator especializado, pouco importando se representa a realidade ou não. Sendo boa a matéria, a agência a compra a bom preço e a distribui pelo mundo, assumindo o risco da aceitação. Se pegar, quer dizer, se for publicada pelo Estadão, pelo BeefPoint e muitos outros milhares de órgãos de divulgação, o dono do artigo, -a agência-, ganha bom dinheiro e satisfaz o principal interessado que é a associação de produtores, ansiosa em dar um baile na concorrência.

    O que fazer: continuar vendendo carne boa, barata, uniforme e constante, apoiada em publicidade que é saudável, natural, de baixo colesterol, livre do mal da vaca louca, provinda de criatório a céu aberto, de pastos verdejantes e muito raio ultravioleta. Há que ter paciência, outras notícias virão oriundas do incontrolável jogo da concorrência dos produtores de carne de alto custo, entreverada cheia de gordura. O bom mesmo, seria jogar esse tipo de notícia no lixo, mas não dá porque elas dão dinheiro a muitos e satisfazem outros tantos interessados.

    Saudações

  6. Adriano Apolinário Leão de Oliveira disse:

    É evidente a tentativa britânica de boicotar a carne brasileira, para que seus produtores não sofram com a queda no preço da carne empurrada para baixo pelo produto brasileiro que cada vez mais assombra seu mercado. Nada de novo, isso já foi usado contra a China em inúmeros boatos de que os produtos importados de lá eram baratos por que a mão de obra era remunerada a “preço de banana”.

    É evidente também que isso não acontece no Brasil, e se acontece, são casos isolados nas regiões longínquas deste imenso território de dimensões continentais. Agora, que a carne que chega lá vem da mão de obra escrava de milhares de produtores rurais que nunca conseguiram colocar preço em um grão de arroz que produzem, e que estão achatados pelos frigoríficos que cartelizam o mercado, aliados a supermercadistas que não estão nem aí se o produtor está sendo justamente remunerado, isso ninguem pode negar!