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Relatório preliminar mostra falhas brasileiras

Com o relatório preliminar da União Européia (EU) sobre as condições sanitárias verificadas em missão há quatro meses, o Brasil terá que correr atrás dos problemas indicados para encarar nova auditoria dos europeus. Além disso, as autoridades brasileiras têm 25 dias úteis para dar respostas adicionais a fim da UE publicar o relatório final.

Com o relatório preliminar da União Européia (EU) sobre as condições sanitárias verificadas em missão há quatro meses, o Brasil terá que correr atrás dos problemas indicados para encarar nova auditoria dos europeus. Além disso, as autoridades brasileiras têm 25 dias úteis para dar respostas adicionais a fim da UE publicar o relatório final.

Segundo notícia de Mauro Zanatta, do Valor Econômico, nos aspectos gerais, os veterinários do Escritório Alimentar e Veterinário (FVO) são favoráveis aos processos e procedimentos realizados pelo Brasil. Mas há ressalvas importantes em detalhes, além do desrespeito a algumas recomendações feitas anteriormente.

Sobre a febre aftosa, os veterinários questionam o programa e os registros de vacinação. A eficácia das vacinas também é colocada em dúvida e os testes sorológicos são considerados insatisfatórios. “A ausência de um programa para monitorar a eficácia da vacinação em 2007 compromete o futuro da certificação da carne”, critica o texto.

O texto mencionou ainda problemas com empresas certificadoras e criticou o baixo número de auditorias realizadas pelo ministério em 2006. Para os frigoríficos, os técnicos apontam a necessidade de melhorar a metodologia de amostragem em testes microbiológicos de carcaças bovinas e cobram a adequação de uniformes dos trabalhadores.

0 Comments

  1. Luiz Fernando Azambuja Jr. disse:

    Os nossos “clientes” europeus estão mostrando nossas “falhas” faz anos. E nada de reformas.

    Me faz lembrar a situação do “caos aéreo”, vai, vai, até que cai tudo de vez.

    Os grandes interesses fiscais e fundiários de alguns brasileiros estão estagnando nosso crescimento, empurrando isso com a barriga. Até quando isso vai ficar assim?

    Por isso somos chamados de país em desenvolvimento já faz 1 século!

  2. Frederico José Souto de Freitas disse:

    Tudo muito bom, tudo muito bem. Que existem falhas no sistema de produção e de certificação no Brasil disso ninguém duvida. Mas, se formos levar a “ferro e fogo” todas as exigências dos nossos “clientes”, acho que teríamos de dar a eles para gerenciar e produzir. Não será isso mesmo que eles querem?

    Como já vi, aqui nesse mesmo espaço, só está faltando eles exigirem a foto de cada boi juntamente com o fazendeiro.

    Vamos e venhamos, cliente exigente é uma coisa, os europeus passam, e muito, disso.

    Tenha a santa paciência.

  3. Fabio Salinet disse:

    Realmente deve-se olhar com carinho tal situação, pois não temos muito tempo, mas com os fiscais federais em greve, vai ter o apagão da agricultura, país do desenvolvimento só se for na China mesmo.

  4. Claudio Consorte disse:

    Assino em baixo o texto anterior do sr Luiz Fernando, essa velha mania brasileira de “achar” que tudo da-se um jeito, precisamos começar a nos mexer;afinal se realmente seremos o “celeiro do mundo” não se resume em produzirmos em quantidade e custo mais baixo que o resto do mundo, mas sim produzir com custo e qualidade para o mercado interno e externo que tanto nos cobram!

  5. Hélio Lourêdo da Silva disse:

    Lamentavelmente, o Sistema de Defesa Agropecuária brasileiro continua sendo tratado com negligência, omissão e irresponsabilidade pelas nossas autoridades. Infelizmente, nem os exemplos das grandes tragédias ocorridas no Brasil, sensibilizam os responsáveis para a execução de uma política de defesa agropecuária séria, competente e exemplar.

  6. Clemente da Silva disse:

    Obviamente, para um país com as dimensões do Brasil, tudo é muito mais difícil em termos de qualquer tipo de controle. Dizem.

    Será verdade?

    Sem querer puxar o saco, mas apenas para exemplificar, os E.U.A., têm apenas e tão somente 8 anos de exploração por europeus a mais que o Brasil, já que seu descobrimento se deu em 1492, e é também em termos territoriais, muito grande, até bem maior que o Brasil.

    Lá porém, as coisas funcionam como devem funcionar.

    A carta Magna americana tem mais ou menos 300 anos, com pouquíssimas emendas e tem menos de um terço do volume da nossa, com pouquíssimos capítulos, e nada de “entre linhas” canais que possam sugerir desvios, como os condicionais “se ou, deve”.

    As leis por lá são claras: Sim, Sim. Não, Não. E cadeia dura aos burladores.

    Nossas leis entretanto, sempre nos permitem burlá-las e nunca se expressam como deveres e obrigações, porque já foram feitas por corruptores, para corruptos e a cada emenda, eles procuram ampliar mais os leques de facilidades e conveniências aos senhores da lei e seus favorecidos.

    Eu vivo falando que nós vivemos brincando de exportadores, achando que mercados exigentes como é o europeu, vão engolir com facilidade nossos controles sanitários e argumentos de que aqui as coisas vão muito bem.

    É claro que existem muitos criadores que estão envolvidos com seriedade, procurando fazer a coisa certa, mas isso representa apenas uma pequena parte da população de produtores de bois de corte.

    Quem acredita por exemplo, que um grande latifúndio de 70/80 mil alqueires goiano, com cerca de 40/50 mil vacas de cria, fora touros, bezerros e novilhos/novilhas, vacine o rebanho a cada 90/120 dias apesar dos atestados apresentados? Essa é uma das diferenças que existem entre a nossa nação e outras.

    Aqui, ainda predomina o latifúndio especulativo ou extrativista, enquanto que lá fora, um grande fazendeiro produtor de gado de corte, tem no máximo 12 a 15 mil cabeças de gado no total e dá para contar nos dedos de uma mão, esse número de criadores, em se falando de E.U.A. A média das grandes propriedades por lá está na faixa de 1.500 a 2.000 cabeças. O patrão é quem está sobre o lombo do cavalo ou na boleia da Ranger ou da Dodge Ran, olhando, fiscalizando e pegando no breu, porque sabem que se não oferecerem produtos de qualidade estarão fora do mercado e não tem conversa.

    Por aqui estamos muito acostumados a por a culpa no governo exatamente pelas falhas de nossa constituição, mas também não fazemos direito a nossa parte, a exemplo das vacinações de aftosa e olhem que não precisa ser latifundiário para não vacinar o gado.

    O que aconteceu a pouco mais de um ano e todos já esquecemos, lá no noroeste do Paraná e sudeste do MS, não foi coisa de latifúndio não, foi coisa de gente sem vergonha que sabe que não será punido. E o produtor honesto, que quer fazer a coisa certa, fica passando por trapaceiro juntamente com esse bando de maus produtores e péssimos brasileiros.

    Abraços,
    Clemente