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Relatório sobre “carnes com maior risco” é criticado pela indústria americana

Uma longa análise que classificou as categorias de carnes que apresentam maior risco foi divulgada gerando críticas de grupos da indústria e profissionais dos Estados Unidos que questionaram as táticas e os motivos do grupo que conduziu o estudo.

Uma longa análise que classificou as categorias de carnes que apresentam maior risco foi divulgada gerando críticas de grupos da indústria e profissionais dos Estados Unidos que questionaram as táticas e os motivos do grupo que conduziu o estudo.

O Centro para Ciência em Interesse Público (CSPI) é uma organização de defesa do consumidor, como se intitula, que visa fornecer aos consumidores informações atuais e úteis sobre sua saúde e bem-estar.

Seu relatório “Riscky Meat: A Field Guide to Meat & Poultry Safety” foi manchete na mídia em importantes veículos da internet, jornais e rádio com uma análise que classificou as 12 categorias de carnes vermelhas e brancas de maior risco. Os riscos foram avaliados baseados em relatórios de surtos de doenças e probabilidade de hospitalizações associadas com patógenos mais comumente reportados nesses alimentos. Os níveis de riscos foram determinados usando informações de 12 anos e 1.700 surtos e revisando 33.000 casos de doenças transmitidas por alimentos.

De acordo com o CSPI, os níveis de risco mostrados pela carne bovina moída e pelo frango foram classificados como os mais altos, seguidos por outros cortes de carne bovina, filés e peru. Churrascos, embutidos, carne suína e bovina assada receberam classificação média de riscos e as carnes ditas como de menor risco foram nuggets de frango, presunto e salsicha.

A análise do CSPI é interessante, mas uma questão maior é se a informação é útil à saúde e bem-estar dos consumidores. Isso porque a incidência de doenças transmitidas por alimentos declinou nos últimos anos.

De acordo com o professor de segurança alimentar da Universidade do Estado de Kansas, Doug Powell, em seu blog barfblog.com, as listas do tipo top 10 são uma grande diversão, mas ruins como política pública. Ele disse que acredita que o relatório era um artifício que distrai as pessoas da grande questão de que todos os alimentos têm riscos. Para ele, todos os alimentos têm riscos e devem ser tratados com cuidado, é importante tratar todos os alimentos, não somente a carne, mas produtos como uma potencial fonte de microrganismos prejudiciais.

Apesar de o relatório do CSPI condenar as carnes vermelhas e brancas, Powell disse que na última década a maior fonte de doenças transmitidas por alimentos têm sido produtos que frequentemente as pessoas consomem crus. Os consumidores deveriam usar termômetros para dizer quando seu alimento alcançou a temperatura interna ótima. Eles deveriam lavar adequadamente os produtos e descartar as cascas.

O Instituto Americano de Carnes (AMI) também criticou esse relatório e seu presidente, James Hodges, disse que uma avaliação mais ampla da oferta total de alimentos poderia ter fornecido uma avaliação mais significativa dos riscos de segurança alimentar de nossas dietas normais e teriam mostrado que temos uma oferta de carnes vermelhas e brancas que fornecem experiências consistentemente seguras de consumo. As companhias de carnes vermelhas e brancas dos Estados Unidos produzem 40,8 bilhões de quilos de carnes vermelhas e brancas por ano e 99,99% dessas são consumidas de forma segura.

O AMI notou que frutos do mar, carnes brancas e carne bovina mostraram o maior declínio no número de casos reportados no período do estudo. O Instituto acredita na perspectiva do CSPI de que melhores dados de atribuição aos alimentos são necessários para entender as causas das doenças causadas por alimentos e potenciais estratégias para melhora. Embora sempre se tenha buscado fazer o melhor, o desempenho na segurança alimentar da indústria reflete um compromisso e uma melhora contínua. Os consumidores devem continuar apreciando carnes vermelhas e brancas que normalmente escolhem e devem continuar seguindo as instruções de manipulação de alimentos seguros fornecidas nas embalagens.

A reportagem é da Drovers, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.

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