O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já enviou à Organização Internacional de Epizootias (OIE) o Relatório de Eliminação dos Focos de Febre Aftosa do Estado do Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada ontem (24), em resposta ao secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, que cobrou urgência para declarar o Estado como zona livre de aftosa com vacinação. Segundo o Mapa, o documento foi remetido na quarta-feira (23).
De acordo com o delegado federal de agricultura no Rio Grande do Sul, Flávio Vaz Netto, a questão foi tratada apenas tecnicamente pelo ministério. “A demora na remessa do documento à OIE deveu-se à lentidão na entrega dos dados finais pelos profissionais do Departamento de Produção Animal da secretaria estadual. Ele afirma que as metas traçadas pelos órgãos públicos previam o encerramento dos abates sanitários no dia 30 de setembro e, neste mesmo dia, os dados deveriam estar com o ministério para a elaboração do documento que seria remetido até o dia 15 de outubro à OIE. Entretanto, segundo Vaz Netto, somente no dia 15 é que os dados finais foram entregues.
Hoffmann nega esse atraso. “Os técnicos do ministério acompanharam as inspeções o tempo todo. Esse argumento é um pretexto para justificar uma questão que é tratada de forma política e partidária”, salienta.
“Tenho convicção de que há um problema no tratamento dado aos gaúchos, uma vez que Rondônia foi considerada livre de aftosa e será avaliada pela OIE apenas em maio de 2003”, observa o secretário. O delegado federal ressalta que o status sanitário de Rondônia foi concedido pelo ministério, sendo que a liberação do trânsito de animais e seus produtos só ocorrerá quando a OIE aprovar a condição sanitária.
Fonte: Jornal do Comércio/RS, adaptado por Equipe BeefPoint