A procura por animais de reposição continua alta, mas em todas as regiões levantadas dificilmente as negociações são efetivadas. O indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista se valorizou 0,22% na semana, sendo cotado a R$ 461,38/cabeça, enquanto o indicador de boi gordo caiu para R$ 62,20 (-1,49%), levando a relação de troca para 1:2,22.
A procura por animais de reposição continua alta, mas em todas as regiões levantadas dificilmente as negociações são efetivadas. Essa situação está ocorrendo porque diante da pequena oferta os produtores que possuem lotes para venda, que por sinal são muito poucos, pedem preços altos. Por outro lado os compradores não se animam a fechar negócios, já que os preços do boi gordo recuaram e falta pasto na maioria das regiões. As compras estão bem menos atraentes para os confinadores, que neste momento se deparam com os preços dos grãos em patamares muito mais altos do que a alguns meses.
O indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista se valorizou 0,22% na semana, sendo cotado a R$ 461,38/cabeça, enquanto o indicador de boi gordo caiu para R$ 62,20 (-1,49%), levando a relação de troca para 1:2,22.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F bezerro MS à vista x relação de troca
A pouca oferta de bois magros continua mantendo os preços firmes, R$ 672,00 em Bauru/SP, e muitos confinamentos tem cogitado a hipótese de não realizar uma segunda rodada de confinamento.
No Mato Grosso, o mercado de reposição segue a passos lentos, devido a pouca oferta de gado magro na maioria das regiões do estado. Na região de Canarãna as pastagens estão bastante secas, como era de se esperar nessa época do ano, mas os pecuaristas estão conseguindo se virar bem com a “bucha” (capim seco) restante. Segundo o colaborador do BeefPoint, Vilson Dantas, “o mercado de reposição está paralisado sem oferta de bezerros, mas na cotação virtual o preço caiu um pouco, pois não há sustentação para valores acima de R$ 400,00”.
No estado do Mato Grosso do Sul os preços continuam firmes com o bezerro desmamado em Campo Grande sendo negociado a R$ 440,00/cabeça. Segundo Sérgio Paschoal, do escritório Pantaneiro, a situação é bastante complicada e o rumo que o mercado irá tomar nos próximos meses é bastante incerto, “o boi caiu (R$ 58,00/@) e o alimento (grãos) está subindo a cada dia, o milho pulou de 14 para 20 conto. Quem consegue confinar desse jeito?”.
No noroeste de Minas Gerais as cotações de animais de reposição tiveram um leve recuo, segundo Alexsandro Mendonça, o bezerro de 8 a 12 meses é negociado a R$ 390,00 e a fêmea da mesma era a R$ 280,00. Na região o boi magro continua valorizado, R$ 586,00/cabeça, mas a oferta é bem reduzida.
No Rio Grande do Sul o cenário de pouca oferta é bem semelhante ao resto do país, inclusive causando o cancelamento de algumas feiras de terneiros, por falta de lotes. Segundo Flávio Ricardo Antunes Callovy, de Alegrete, as chuvas que caíram nos últimos dias e o clima quente melhoraram as condições das pastagens depois do inverno rigoroso dando mais fôlego aos pecuaristas da região. “O terneiro é vendido a R$ 2,8/kg (R$ 504,00/cabeça)”, comenta Callovy.
Em Rondônia, o valor do bezerro subiu, atualmente os preços pedidos são de R$ 360,00/@. Segundo Kiko Campo Grande, de Cacoal, “ninguém tem pasto, aqui já era para ter chovido e nem sinal ainda. Quem tem boi tá mandando embora pois se ficar no pasto vai voltar o peso. As queimadas acontecem todo dia, está uma fumaça constante, até os aeroportos estão fechados”.
André Camargo, Equipe BeefPoint
Como está o mercado de boi gordo e reposição de sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?
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