O mercado de reposição segue no mesmo ritmo das últimas semanas, frio e com pouco movimento. Neste momento mesmo com a arroba do boi gordo em alta nas principais regiões pecuárias do país e expectativas de preços mais altos, o mercado de reposição se mostra lento e ainda existe um clima de incerteza que tem diminuído as negociações. De um lado, a procura diminuiu devido, principalmente, à péssima condição das pastagens durante o período seco e a cautela de muitos compradores, que preferem esperar os preços do boi gordo melhorar para só então realizar a reposição. Por parte dos vendedores as ofertas também estão reguladas, muitos pecuaristas não negociaram ainda suas sobras de desmama na esperança de preços melhores.
O mercado de reposição segue no mesmo ritmo das últimas semanas, frio e com pouco movimento. Neste momento mesmo com a arroba do boi gordo em alta nas principais regiões pecuárias do país e expectativas de preços mais altos, o mercado de reposição se mostra lento e ainda existe um clima de incerteza, que tem diminuído as negociações.
De um lado, a procura diminuiu devido, principalmente, à péssima condição das pastagens durante o período seco e a cautela de muitos compradores, que preferem esperar os preços do boi gordo melhorarem, para só então realizar a reposição. Por parte dos vendedores as ofertas também estão reguladas, muitos pecuaristas não negociaram ainda suas sobras de desmama na esperança de preços melhores. Outro fato que pode ser observado é que muito produtores preferem não levar seus animais até os leilões com medo de não existirem compradores, forçando a defesa dos lotes e o retorno para casa com a bezerrada e sem realizar negócios.
Tabela 1. Reposição Macho Nelore – 02/10/07
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x relação de troca
Poucos negócios estão sendo efetivados em São Paulo e os preços também não demostram grandes mudanças. Em Presidente Prudente, o bezerro desmamado é vendido a R$ 400,00/cabeça. A procura por boi magro também diminuiu no estado, Eduardo Zillo Bosi comenta “a ração está muito cara, então muita gente desistiu de confinar a segunda rodada de animais”.
No Mato grosso a situação é bastante semelhante, segundo Vilson Dantas de Canarana a semana foi de pouca oferta para categorias de reposição. “Estamos enfrentando um período excessivamente seco, com muitos focos de queimadas. Que tem alcançado proporções perigosas, pois haviam muitas áreas de pastos vedados que agora quando são atingidos por focos de incêndio e tem dificultado em muito o controle do fogo. Está havendo uma procura muito grande por pastos para arrendamento, em função da falta de chuvas”, destaca Dantas. Na região de Barra do Garças o bezerro Nelore de 180 kg é negociados a R$ 400,00 e o garrote vale R$ 550,00/cabeça.
No Norte do estado, a realidade também é essa, falta de chuva e poucos , em Nova Canaã do Norte a cotação da desmama está em R$ 400,00 para machos e R$ 280,00 para fêmeas. Na região a venda de animais para os confinamentos da área habilitada (Sorriso, Lucas do Rio Verde) e a forte seca diminuiu a quantidade de animais ofertados, tanto garrotes e bois magros quanto bois gordos para abate. Segundo Mário Wolf Filho, “na região de Alta Floresta, Nova Canaã do Norte, Colider, Sinop, Itauba e Matupá, as escalas dos frigoríficos estão mais curtas do que coice de porco gordo”.
No Paraná, os preços seguem bastante estáveis, na região de Londrina o bezerro Nelore desmamado com 180 quilos de peso vivo é negociado a R$ 428,00/cabeça e as fêmeas, também Nelore desmamadas, estão valendo R$ 325,00.
A seca também castiga o estado do Pará, mas a procura por todas as categorias de reposição ainda existe e os preços continuam subindo. Na região de Paragominas o macho desmama está cotado a R$ 360,00, já novilhas e bezerras desmamadas são negociadas a R$ 262,00 e R$ 240,00, respectivamente.
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Achei muito bom os comentários, e tem sido muito importante estas informações de como andam as coisas por este Brasil afora, o único problema é culpar somente a seca, e esquecer que nós estamos com pouco dinheiro devido a pouca venda de boi gordo dos últimos meses.
A maior porta de entrada de dinheiro para a nossa atividade, gado magro, é venda de boi gordo. A seca sempre foi um problema, mas o inverno chuvoso para a pecuária é bem pior. Comprar bezerro no início da seca a R$2,40 o Kg/vivo, e deixar de comprar no começo das águas (a meteorologia aponta as primeiras chuvas para o dia 15/10, aqui no estado já tivemos várias chuvas isoladas, portanto já começou) um bezerro que já sentiu o que tinha que sentir e com 3 a 4 meses a mais de idade pelo mesmo valor do Kg/vivo, isto não é falta de grama é falta de grana.
Não podemos esquecer que capim para engordar boi é uma coisa e para não deixar bezerro morrer é outra. Na verdade, existem dois momentos que o produtor rural toma atitudes pela emoção:quando está com dinheiro na mão e quando está sem dinheiro na mão.
Comentário muito bom; sabemos que vender gado magro, bezerro, só quando a conta não fecha, mas o que está segurando mesmo é a boa e velhe vaca gorda de descarte.
Muito boas as informações apresentadas, onde tem uma ótima apresentação da situação atual do pais em relação a produção bovina, sendo possível ter uma boa visão da relação oferta e demanda e também não esquecendo que sabendo utilizar as condições ambientais pode se obter maiores lucros.