O crescimento da produção de etanol refletirá também no mercado mundial de grãos. O subproduto da indústria de etanol a partir do milho, conhecido por DDG (sigla em inglês para grão de destilaria seco), poderá substituir parcialmente os farelos de soja e milho na alimentação animal.
O crescimento da produção de etanol refletirá também no mercado mundial de grãos. É que o subproduto da indústria de etanol a partir do milho, conhecido por DDG (sigla em inglês para grão de destilaria seco), poderá substituir parcialmente os farelos de soja e milho na alimentação animal.
Só os Estados Unidos vão esmagar este ano algo entre 80 e 85 milhões de toneladas de milho para a fabricação de etanol. Desse volume, 32% serão transformados em DDG. Com isso, a oferta poderá chegar a 27,2 milhões de toneladas que serão destinadas ao mercado de nutrição animal em substituição aos farelos convencionais.
A China, maior compradora mundial de soja e principal destino da oleaginosa brasileira, é uma que aproveitará o DDG e deverá reduzir a aquisição de soja a partir do ano que vem.
Para o analista de commodities da corretora de grãos Cerealpar, Steve Cachia, as indústrias chinesas de ração ainda não têm acesso a uma grande oferta do resíduo do milho no curtíssimo prazo, mas isso deve mudar. A China triplicará o consumo de milho para a produção de etanol até 2010, das 5 milhões de toneladas atuais para 15 milhões de toneladas. Com isso, o país atingirá a produção de 4,8 milhões de toneladas de DDG.
No médio prazo, o DDG deverá se firmar como matéria-prima para ração animal e assim ter o preço seguindo as tendências da cotação do milho, informou Luiz Silveira, do Diário do Comércio e Indústria.