A previsão de retirada da carga do navio Haidar, que naufragou no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Pará, com quase 5 mil bois a bordo, é de que seja concluído em até 5 meses. O maior problema é o fato do acidente ter ocorrido em um porto próximo a área urbana do município, o que requer preocupação com danos ambientais e sociais que a operação possa causar. Outra dificuldade é a inexperiência dos órgãos envolvidos em operações dessa complexidade. Além disso, todo o procedimento de retirada do óleo, carga e até do próprio navio será auxiliado por pequenas embarcações, que só poderão atuar em parte do dia, já que a maré costuma ser agitada no período da tarde.
A empresa francesa de salvatagem Mamuth Salvage é a contratada pela seguradora do navio para realizar a retirada. Apesar da experiência da empresa em acidentes de naufrágio, a Mamuth nunca retirou animais, que, após muito tempo na água, poderão inchar e soltar a carne, dificultando a operação.
A empresa inicia os trabalhos hoje com a retirada de 60 mil litros de óleo que ainda estão no tanque do navio. Esta operação deve durar cerca de 15 dias. Após ou paralelamente a esta ação, a empresa retirará a carga, o que deve levar 30 dias. Só após isso, será iniciada a retirada do navio, processo que, sozinho, deve demorar 4 meses.
Fonte: Diário do Pará, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.