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Revisão de índices de produtividade revolta ruralistas

Ao decidir alterar os índices de produtividade dentro de 15 dias, o governo atendeu a uma antiga reivindicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas revoltou agropecuaristas. A medida ameaça reeditar impasses no campo como os registrados no final dos anos 90, quando produtores gaúchos impediam a fiscalização de fazendas no interior do Estado. A atualização dos índices permite ao governo ampliar o número de propriedades rurais passíveis de desapropriação.

Ao decidir alterar os índices de produtividade dentro de 15 dias, o governo atendeu a uma antiga reivindicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas revoltou agropecuaristas. A medida ameaça reeditar impasses no campo como os registrados no final dos anos 90, quando produtores gaúchos impediam a fiscalização de fazendas no interior do Estado. A atualização dos índices permite ao governo ampliar o número de propriedades rurais passíveis de desapropriação.

O anúncio da medida mobilizou os ruralistas. Para o vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Luis Carlos Heinze (PP-RS), a postura do governo cria tensão no campo e amplia as dificuldades dos produtores. “Não há necessidade de se desapropriar fazendas, basta o governo comprar as que já estão à venda porque os produtores não conseguem se manter no campo”, reclamou.

Em vigor desde 1980, com base no censo agropecuário de 1975, os atuais índices são considerados defasados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os sem-terra e os agricultores familiares concordam. “Essa é uma reivindicação de anos dos movimentos sociais. Com novos índices, vamos conseguir estabelecer um novo processo de organização e de produção, acima de tudo da agricultura familiar”, explicou a coordenadora-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Elisângela Araújo.

Os novos patamares, no entanto, ainda precisam passar por uma maratona de negociações dentro do governo para serem efetivadas.

As informações são do portal Zero Hora, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Jucelino dos Reis disse:

    Todos sabem que a reforma agrária, como acontece no Brasil, é uma enganção geral. Nem mesmo o MST acredita. Só serve para desvio de dinheiro público. Já passou da hora da bancada ruralista no Congresso, impor ao governo data de término da malfadada reforma agrária. Que não pode ser perpétua. Essa novela têm de ter um fim.

  2. Augusto Araújo disse:

    Assino em baixo sr. Jucelino. Se a sociedade soubesse da inviabilidade e da quantia de dinheiro que escoa por este ralo, não apoiaria tal coisa

  3. Claudio Maluf Haddad disse:

    É o caso de se perguntar quais indices de produtividade os sem-terra conseguem nos assentamentos.Nós produtores rurais topamos duplicar a produtividade deles….

  4. Péricles Pessoa Salazar disse:

    O indice de produtividade do MST é medido pelo número de fazendas que invadem a cada mês. E nisto eles são campeões. Mas, quando se trata de medir a produtividade deles no campo, em terras cedidas pelo Governo a título de assentamentos, o resultado é lastimável. É a lógica perversa do capitalismo tupiniquim, sob as benesses de um governo que só pensa na próxima eleição e na conquista do poder a qualquer custo.

    Quem pensa em mudar o indice de produtividade alheio, que primeiro cogite em melhorar o seu, para dar o exemplo. Infelizmente para nós brasileiros, a produtividade do setor público é equivalente ao do MST, ou seja, deplorável.