Na contramão do que vem acontecendo na maioria das praças pecuárias, a cotação do boi gordo no Rio Grande do Sul voltou a cair no início dessa semana. Os produtores estão liberando os campos para o plantio, principalmente de soja, mantendo os frigoríficos bem abastecidos.
O quilo vivo do boi não rastreado vale R$1,60/kg, o equivalente a R$48,00/@, a prazo, para descontar o Funrural. É o preço mais baixo do país.
A defasagem em relação à cotação do boi gordo paulista não rastreado – que está em R$61,00/@, a prazo, para descontar o imposto – é de 21,3%, ou R$13,00/@.
Além da oferta elevada, o Rio Grande do Sul enfrenta problemas com o abate clandestino, impossibilidade de vender gado em pé para Santa Catarina (considerada, internamente, livre de aftosa sem vacinação), concorrência com carnes vindas de outros Estados a preços competitivos (em função de distorções fiscais) e despadronização dos animais ofertados.
É um paradoxo os produtores serem tão mal remunerados no Estado que detém o maior consumo per capita de carne bovina do país, algo próximo a 60 kg, 74% acima da média nacional, que é de 34,50 kg per capita, e 518,6% acima da média mundial, de 9,7 kg.
Fonte: Scot Consultoria, adaptado por Equipe BeefPoint