Com o oitavo maior rebanho do Brasil, somando mais de 11,5 milhões de cabeças, Rondônia se prepara para receber dois frigoríficos em sistema de cooperativa. Ambos são resultado da iniciativa dos próprios pecuaristas.
Com o oitavo maior rebanho do Brasil, somando mais de 11,5 milhões de cabeças, Rondônia se prepara para receber dois frigoríficos em sistema de cooperativa. Ambos são resultado da iniciativa dos próprios pecuaristas.
A primeira fase do projeto da Cooperativa Rondoniense de Carne (Cooperocarne), em Pimenta Bueno, será inaugurada no próximo dia 7, com capacidade para abater 700 animais por dia. O empresário Euvaldo Foroni, da Método Agropecuária, lidera cerca de 500 produtores da região da Zona da Mata, que estão investindo em um programa pioneiro na área de abate e processamento de carne.
Segundo o economista do grupo, Oberdan Pandolfi, hoje a oferta de animais está acima da capacidade de abate no estado, por isso os criadores resolveram se unir “para buscar novos mercados para produção, priorizando a exportação de carne padronizada e rastreada”. A expectativa é que assim o preço da arroba suba no estado.
Em Ariquemes, a Cooperativa dos Pecuaristas da Região (Cooperari) deve concluir a primeira fase até o final do ano, com capacidade para abater 500 animais por dia. O objetivo é vender 200 cotas, das quais já foram comercializadas 146.
De acordo com o presidente da entidade, Antônio Custódio, o principal objetivo é agregar valor ao preço do boi. “Vamos praticar um preço justo. Com o valor pago atualmente, a gente mal consegue cobrir os custos de produção”, afirmou em reportagem da Folha de Rondônia.
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A formação de cooperativas, pelos pecuaristas, com implantação de plantas frigoríficas, é uma das alternativas mais favoráveis para se por um ponto final na polêmica da má remuneração paga, atualmente, pelos frigoríficos.
Aqui no Rio Grande do Sul já teve bastante cooperativas de carne. No inicio foi muito bom, depois quando começaram a ser administradas pelos gauchinhos de bombacha que davam emprego para os parentes e as amantes o negócio foi pro beleléo. Várias quebraram e deixaram os produtores na mão. Os casos mais recentes foram a Alegretense e a Cooriva de São Gabriel.
Esqueceram que a essência do negócio cooperativa é botar mais dinheiro no bolso do associado, e tem que ser tocado com o profissionalismo exemplar como fizemos nas nossas fazendas. Baixo custo fixo, sem inadimplência nas vendas, agregando valor na produção. Desejo muita sorte e juízo aí em Rondônia, coisa que por aqui não tivemos.