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Roberto de Oliveira Roça: a solução para os pequenos produtores não é destinar os animais ao abate municipal (Leitor Comenta)

Roberto de Oliveira Roça, leitor BeefPoint, comentou sobre a notícia A inviabilidade técnica dos pequenos matadouros. Leia na íntegra:

“Cumprimentos ao Prof. Pedro Eduardo de Felício pela brilhante exposição da situação atual de uma das mais importantes etapas da cadeia produtiva de carnes que é a segurança alimentar. O artigo abrange com detalhes todos os problemas que frequentemente nos deparamos com relação ao abate de animais destinados ao consumo. A inviabilidade de pequenos estabelecimentos é obvia e nenhuma legislação poderá resolver esse problema. A solução para os pequenos produtores que possuem um ou dois animais de descarte não é destinar ao abate municipal e colocar a população em risco. O poder público municipal pode formar associações para que os animais de vários produtores sejam agrupados e destinados a um frigorífico com as condições necessárias para assegurar o destino correto da carne e subprodutos. Além da questão de segurança alimentar, temos também o problema de bem-estar animal e abate humanitário que simplesmente é inexistente nos pequenos estabelecimentos.

Como será a implantação da Portaria nº 47/2013 (em consulta pública), que pretende aprovar o Regulamento Técnico de Manejo Pré-Abate e Abate Humanitário? As reportagens apresentadas pela imprensa ao grande público contribuem para uma discussão mais profunda sobre o assunto, da mesma forma que inflama as campanhas de mudanças de hábitos alimentares a respeito do consumo de carnes”.

2 Comments

  1. Marcio Pinheiro disse:

    O sr. Roberto Roça: se a realidade da “roça” hoje é de mais de 50% do abate ser clandestino, obviamente com a implantação do abate humanitário a clandestinidade só vai aumentar. Conheço várias pequenas cidades de MG que tinham abatedouro municipal fiscalizado peloo veterinário da Prefeitura; não eram ideiais, mas a carne era inspecionada. Eles foram fechados exigência do Ministério Público por não respeitarem as leis ambientais. O resultado? Abate clandestino nas fazendas. Ao invés de planejarem ações de curto, médio e longo prazo para regularizar a situação, criam leis que simplesmente põem grande parte dos produtores na ilegalidade. E a imprensa anuncia que o Brasil passou a ter a melhor legislação do mundo… para inglês ver!

  2. Leonardo Fortes disse:

    Essa seria uma solução para o pequeno produtor. Entretanto, o SIF exige o frigorífico deve separar em currais diferentes animais oriundos de diferentes propriedades. Ou seja , para um frigorífico que abata 200 animais/dia, este teria que construir centenas de currais, o que é inviável economicamente e operacionalmente falando. Contudo, a solução apresentada pelo leitor Roberto Roça seria uma escapatória desde que o órgão do SIF de cada frigorífico permita, por exemplo, ao invés de separar os animais em mangueiras distintas, apenas marcá-los visualmente.