O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, acredita que até o final do ano o país conseguirá derrubar a maior parte dos embargos estrangeiros à compra de carne brasileira. Segundo ele, os setores público e privado estão empenhados em mostrar ao mercado internacional a qualidade do produto brasileiro e a inexistência de focos generalizados da febre aftosa. Até agora, 48 países suspenderam as suas importações do Brasil.
“Nós tivemos um problema real. Agora, é preciso demonstrar com transparência absoluta, máxima, o tamanho do problema e o que foi feito para revolvê-lo”, disse Rodrigues. Ao participar de seminário em São Paulo sobre a Política Agrícola Brasileira no Contexto Internacional, o ministro admitiu a demora na conclusão dos exames que apontarão se o gado do Paraná está ou não contaminado com febre aftosa é muito ruim para o Brasil. “Dá a impressão de falta de transparência e isso não é positivo à reversão dos embargos à carne brasileira”.
O ministro disse que é difícil falar das perdas de maneira concreta, mas lembrou que há um estudo da Icone (instituição privada de avaliação em agricultura) que mostra que se o embargo fosse mantido por seis meses os prejuízos com a exportação brasileira ultrapassariam US$ 1,5 bilhão. Esse prejuízo considera as perdas com as vendas de carne bovina, de frango e suína. Mas isso, afirmou, é na pior das hipóteses, levando em consideração o cancelamento dos pedidos de todos os países compradores. O prejuízo só com a carne bovina chegaria a US$ 1 bilhão no período.
Fonte: Estado de Minas/Superávit, adaptado por Equipe BeefPoint