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Roberto Trigo Pires de Mesquita , de Itupeva-SP, justifica sua crítica ao SISBOV

Se a rastreabilidade de qualquer produto se baseia em lotes de produção e não em ítens individuais, por que o SISBOV não implementou uma identificação por lote e não individual?

O leitor do BeefPoint Roberto Trigo Pires de Mesquita (Itupeva-SP), enviou um comentário ao artigo “Leitor BeefPoint e pecuarista, José Rezende também comenta sobre o SISBOV“. Abaixo leia a carta na íntegra.

“Tenho sempre lido artigos e comentários a respeito do SISBOV e, quase sempre, divergido daqueles que defendem o mesmo como o sistema adequado “de” (e não “para”) rastreabilidade da carne produzida no Brasil, esquecendo-se de que o mesmo não passa de um sistema de identificação individual e de controle da movimentação nos últimos 90 dias, dos bovinos destinados ao abate em frigoríficos habilitados para exportar para a UE, como é o caso do José Ricardo, sem dúvida alguma um importante criador de gado de corte e amplamente capacitado na área de TI orientada para gestão da atividade agropecuária.

Por que critico sistematicamente o SISBOV? Pelo erro básico de ter sido travestido como um sistema oficial de rastreabilidade que ao exigir a identificação individual com brinco auricular e DIA como base documental aliada ao cadastro da BND como base gerencial para execução da rastreabilidade, criou algo absolutamente inviável para o “tracing” de uma investigação de reclamação levantada a partir do “tracking” de um carregamento embarcado para a UE, por exemplo.

Se a rastreabilidade de qualquer produto se baseia em lotes de produção e não em ítens individuais, por que o SISBOV não implementou uma identificação por lote e não individual? A meu ver, por uma falta de vivência de campo da tecnocracia envolvida nas negociações com a UE, ansiosa por atender exigências impostas aos países membros com diminutos rebanhos, extrapolou para o nosso rebanho de quase 200 milhões de bovinos, uma exigência até então só imposta para a certificação dos bovinos de raça pura.

Constatada a inviabilidade funcional desse sistema de identificação, a própria UE embargou nossas exportações e passou a exigir auditorias nos ERAS aprovados para fins da inclusão na lista Traces dos seus rebanhos que previamente auditados poderiam com muito mais funcionalidade serem identificados por lotes, inclusive com marca a fogo, tatuagem ou brinco auricular, com a devida documentação da certificação de origem nessas fazendas habilitadas via NF e GTA com o estoque de animais segmentado também por lotes conforme Declaração de Vacinação cadastrada no SDA competente.

É claro que para as fazendas com maior aporte de recursos na área de gestão de rebanhos o chip eletrônico com identificação individual é o mecanismo com melhor relação custo-benefício para operações de manejo e certificação de origem.

Por último, já que estão implementando a PGA MAPA/CNA, não será muito mais lógico implementá-la via MAPA / SDA ?”

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