Esperando crescimento no comércio e turismo, os peruanos esperam com grandes expectativas a abertura da Rodovia Interoceânica e enxergam uma imensa possibilidade de negócios, principalmente na importação de carne bovina brasileira.
Esperando crescimento no comércio e turismo, os peruanos esperam com grandes expectativas a abertura da Rodovia Interoceânica e enxergam uma imensa possibilidade de negócios, principalmente na importação de carne bovina brasileira.
A rodovia será a primeira ligação física entre os dois países. Essa carência de transporte terrestre tem explicações. Primeiro, o longo desinteresse do Brasil pelos vizinhos. Só nos governos FHC e Lula as obras de integração regional foram priorizadas. Segundo, o temor dos militares peruanos de invasão brasileira, compreensível num país que tem histórico de conflitos e perdas territoriais para vizinhos. Em terceiro lugar, a atividade econômica nas regiões de fronteira por muito tempo não justificava a ampliação da rede viária, cenário que mudou com a expansão da fronteira agrícola no Brasil. E, finalmente, a demanda de exportação pelo Pacífico teve crescimento explosivo só na última década.
Um estudo da Universidade do Pacífico, de Lima, intitulado “Estimativa de Benefícios Econômicos da Rodovia Interoceânica”, ilustra as vantagens que o Peru espera obter com a estrada.
A rodovia deve ser uma alternativa para as exportações brasileiras destinadas à bacia do Pacífico, diminuindo o valor do frete para algumas regiões além do barateamento do frete marítimo. Quanto a importação de produtos do Brasil, o foco dos peruanos é a carne bovina do Acre, já que e o produto é caro no país. Isso preocupa ambientalistas brasileiros, que temem que a demanda maior, com a facilidade de transporte, acelere o desmatamento no Estado, para dar lugar a pastagens.
Um ponto interessante para o Peru é a possibilidade de abastecer parte da região norte do Brasil com produtos como cimento, brita, móveis e hortifruti, concorrendo do outras regiões brasileiras. Há ainda uma grande expectativa quanto à construção das hidrelétricas no Rio Madeira. “Elas estão a apenas 700 km da fronteira peruana, e é natural que o Peru forneça parte dos suprimentos”, disse o presidente da Odebrecht no Peru, o brasileiro Jorge Barata.
Outro benefício para os peruanos será o possível crescimento da economia do país, melhorando o transporte entre regiões do Peru. Só isso pode elevar em 1,5% o PIB, diz o governo. Nos trechos da estrada já inaugurados, houve incremento em uma série de atividades, como transporte de passageiros.
A matéria é de Humberto Saccomandi, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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POdemos esperar, Rondonia e Acre vão crescer como nunca!!!
Segura RO e AC!!
muita interessante a materia. pouco li ou ouvi sobre a construção dessa estrada, mas ela promete ser um elo muito grande entre Brasil e Peru, que são vizinhos e precisam de muito mais cooperação doçç que existiça. Estamos acordando para entender que só a união faz a força e o crescimento dos povos.