O Médico Veterinário, Rodrigo Albuquerque, nos enviou alguns comentários sobre o mercado do gordo e fez algumas observações interessantes sobre os fundamentos desse mercado. Veja abaixo o que ele espera do mercado em 2011.
O Médico Veterinário, Rodrigo Albuquerque, nos enviou alguns comentários sobre o mercado do boi gordo e fez algumas observações interessantes sobre os fundamentos desse mercado. Veja abaixo o que ele espera do mercado em 2011.
“Quando pensamos sobre o mercado, sobre as coisas reais e não sobre os tweets que mudam de lado altista/baixista com a mesma volatilidade da biruta do aeroporto (por parte de alguns), vejo para 2011 em linhas gerais para o boi:
• Demanda interna firme:
• PIB crescendo;
• desemprego em índices baixos;
• consumo firme (não me venham com história de carne cara, tudo bem ela foi responsável por quase 12% de nossa inflação anual, mas perguntem para os donos de açougue se a venda está ruim, é lá que a coisa acontece);
• commodities do mundo bombando;
• pacotão Lulinha de Copa 2014 + Olimpíadas.
• Demanda externa firme:
• países concorrentes no limite de sua capacidade de produção;
• boa expectativa para exportação, afinal a exportação de 2010 foi praticamente igual à 2009 mesmo tendo o problema da economia da zona do Euro e a interrupção da exportação de carne industrializada para o nosso maior cliente (EUA), imagine se não tivesse?;
• mundo desenvolvido mais distante da crise (pelo menos cronologicamente);
• mundo em desenvolvimento bombando;
• diversificação de nossos clientes externos.
• Produção estável:
Ou seja, a equação do boi para 2011 é:
DEMANDA INTERNA FIRME + DEMANDA EXTERNA FIRME + PRODUÇÃO ESTÁVEL = ESTABILIDADE (NO PATAMAR ALTO)
Não tem espaço para derreter.
O boi não vai descer do (salto) alto em 2011″.
Como você acha que será a evolução do mercado do boi gordo em 2011? Utilize o espaço para cartas do leitor, logo abaixo, para nos enviar sua opinião.
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bom dia,concordo em genero e grau com rodrigo,pela primeira vez em muitos e muitos anos a pecuaria voa em ceu de brigadeiro,tudo caminha para un otimo 2011 o mercado dita as regras e ele esta firme como nunca…
A demanda externa nao está firme e os paises concorrentes nao estao no limite da sua capacidade de producao – isto nao correspondem a realidade talvez por desconhecimento do mercado externo -as outras afirmacoes em relacao a demanda externa tambem absolutamente nao correspondem a realidade –
No mercado interno os precos da carne bovina tendem a cair (alias ja comecou um processo consideravel de queda de precos) passada a euforia de final de ano -a inflacao está em alta causando preocupacao do governo inclusive com um aumento da taxa Selic ontem para 11,25% ao ano (uma das maiores taxas de juros do mundo!!) -este deve ser mais um fator para limitar o consumo da populacao –
Frigorificos todos em dificuldades financeiras -que terao inevitavelmente que se ajustar e tentar minimizar o prejuizo que nao é pequeno – deve haver um enxugamento da capacidade de abate por consequencia menos concorrencia para a compra do boi –
na minha opiniao , o preco do boi vai cair e se ajustar a estas condicoes de mercado – o preco subiu muito neste ano de 2010 impulsionado por varios fatores mas terá que sofrer um reajuste drastico para baixo em 2011 -alias o mercado futuro já está mostrando isto -janeiro R$ 102,94 Maio R$ 95,32 -mas creio vai cair ainda mais nao tem como o boi se manter nestes niveis absurdos –
até entendo que os pecuaristas teham que demonstrar e espalhar otimismo entre eles, mesmo que seja de uma certa forma utopica, pois sabemos das dificuldades e dos altos custos que eles tem que absorver e tentar ter algum lucro em sua atividade – mas a realidade atual nua e crua é outra – e voces vao ter oportunidade de ve=las nos proximos meses.
Também concordo com o Rodrigo mas, o produtor tem que fazer a parte dêle, ou seja, manter-se firme na queda de braço com os frigoríficos. Afinal de contas, sem o nosso boi, não há carne.
Vamos segurar o boi no pasto, o máximo que pudermos, e deixar essa turma, implorar pelo boi.
Outra coisa… kd o ágio do “boi europa”?
Estão pagando boi brasil e vendendo pra fora.
Tem controle isso não?
Eu pago uma “grana” por ano para um ágio de um real (quando tem).
Srs. pecuaristas, 2011, 2012,2013……….2050. continuará sendo anos do boi e alimentos, não tem volta. Os relatos do Sr. Rodrigo são fatos reais atuais. Além disso o crescimento populacional do planeta esta sendo maior que a produção de alimentos. E se não bastasse, uma autoridade chinesa anunciou ao mundo, que os chineses terão Direitos Humanos. Imaginem se cada chines comer um bife por dia, não será o rebanho brasileiro que atenderá tal demanda
Prezado Carlos Massoti,
vamos dialogar em bom nível, e não acusar o outro de desconhecimento. Você não me conheçe para dizer o que eu sei ou não. Você deve ter excelentes conhecimentos, tenho certeza. É uma satisfação discordar de vossa senhoria. De minha parte, humildemente, discordo de suas afirmações nos seguintes pontos:
1. Se a demanda externa não está firme, como me explicaria o comportamento do dianteiro nestas primeiras semanas do ano?
2. Frigorífico em dificuldade financeira não é novidade e isto não começou em 2011, portanto, não tem nada a ver com a alta do boi, mesmo porque, como você
mesmo disse, a carne subiu MUITO, acompanhando a alta da arroba. Não vamos colocar mais este fardo no ombro do pecuarista;
3. em momento nenhum não disse que o boi não vai cair, falei apenas que não vai cair MUITO (o que chamei de “derreter”) em função do momento do ciclo pecuário que vivemos, conceito que sugiro que todos tomem conhecimento.
4. por último, fique tranquilo, qualquer utopia é corrigida pelo MERCADO. Abraços,
Rodrigo
Prezado Alvaro Cardoso Fernandes de Pádua,
Em alguns momentos esta pressão de concorrência pode pesar sim. Aliás, vemos isto se analisamos as curvas de consumo de carne por espécie no Brasil. Isto é uma realidade, até em casa. É pertinente em minha opinião sua preocupação. Entretanto, estas proteínas animais também tem tendência de alta (vimos recentemente o frango nas máximas históricas), visto o preço atual do milho, por exemplo.
Abraços,
Rodrigo
Rodrigo parabéns pela grande visão que teve. Apenas quero acrescentar que a produção de carne bovina no Brasil ainda é preponderantemente a pasto e este ano não começou bem para as pastagens. Portanto nâo é esperado um aumento de produção a médio prazo. Saudações.
Ao Sr Carlos Massotti entendo sua posição e concordo em termos, entretanto a lei da oferta e procura sempre prevalece. O Sr sabe que o valor de exportação da tonelada de carne brasileira vem aumentando como jamais visto e que há espaço para algo mais. Não haverá oferta para suprir a demanda. Sinto muito.
O panorama é propricio sim. mas não nos esqueçamos de fazer a nossa parte nas questões, SANIDADE, AMBIETAL e SOCIAL.
Pois qualquer falha podera por tudo a perder.
” … Um olho na taça para brindar … e um olho na garrafa para não quebrar!!! …”
Acredito que as opiniões acima abrangem vários fatos e fatores que circundam o meio e que nos dão bases para crescer e aprender.
A equação colocada por Rodrigo reune FATORES que podem sustentar os preços realmente, mas não devemos desconsiderar a “CONCORRÊNCIA” citada por Álvaro e os FATOS salientados por Massotti.
Posiciono-me na condição de Produtor que sou, para que possamos estar preparados para alguns acontecimentos que, de certa forma, independem “diretamente” de uma ação nossa.
Isso reforça que temos que pensarmos em Produção com foco no aumento da produtividade por animal e por área, Lucratividade e, principalmente Rentabilidade que é a de termos o menor investimento para um lucro igual ou maior, o que nos leva a crer que o resultado depende mais do nosso aprimoramento que do mercado.
Claro que a alta contribui para tornar o nosso patrimônio com maior valor agregado, mas nos leva a uma situação de conforto tal que nos deixa vulnerável a uma ação da economia que é quem regula tudo isso… CONSUMO.
Bom dia, Parceiro Albuquerque,,,
Primeiramente, e preciso lhe parabenizar por estas curtas palavras, mais que dizem quase tudo, redigidas a este canal idôneo que é o Beefpoint.
Comentando, não sobre exportação e mercado mundial da carne, taxa Selic, juros e mais juros.
Mas poderia começar dizendo, que la onde tudo acontece na FAZENDA, nos BASTIDORES da produção, Lugar onde um parceiro do campo acorda as 5:00 hs da manha, p/ curar umbigo de bezerro no pasto, p/ pia vaca no curral, e dar conta do recado tanto no preparo quanto na mistura e arraçõamento da ração p/ aqueles animais. Esse trabalho e dificil e diario, com retorno todo a medio e longo prazo.
Nos produtores da carne podemos dizer que, nas principais praças do País, a oferta de Materia-Prima o (BEZERRO) esta em baixa, existe grande dificuldade de compra por parte de quem recria e engorda.
O cenario pecuario esta se modernizando e tecnificando a cada dia mais. No entanto, senhores produtores acreditem no seu trabalho, aprimore o que sabemos fazer, que é produzir carne. Creio que o Cenario 2011….2014 será de grande Demanda por parte de Proteina Vermelha.
Cautela com aqueles que numca produziu 01 KG de carne, e quer sempre mandar no nosso produto!!!
Desde Ja, Obrigado!
Clovis Resende
Zootecnista
62 3235-40 41/ 8413-2722
clovisresende@agrocria.com.br
Parabéns Rodrigo pela visão e como disse o Cleber a população aumenta e a demanda por alimentos não anda a mesma velocidade ,portanto continuemos trabalhando ,aprimorando que o futuro de todos que produzem alimentos estará garantido .Quem assistiu hoje ao Bom dia Brasil vê a preocupação do Mundo com os alimentos .
abraço a todos
Não foi simples fatores que você citou, mas sim fatores muito fortes que não são resolvidos da noite para o dia. A pecuária foi muito “espremida” todos estes anos e já em 2005 quando deu a aftosa o setor já estava explodindo e foi contida pelo problema sanitário. Em vez de na época estarem sendo tomadas medidas para socorrer o setor a crise fez com que se agravasse ainda mais.
Tenho a mesma opinião em relação ao preço da arroba. Não tem como recuar preço de uma mercadoria que se barata o consumo grande. O “povo” esta com dinheiro na mão, o consumismo é muito grande já visto a arrecadação da poupança em 2010! Quem coloca dinheiro na poupança é a classe media baixa que é a grande maioria!
Enfim, você foi muito feliz no seu comentário…parabéns e um grande abraço.
Prezado Sr Rodrigo Albuquerque agradeco pelas suas palavras -e por favor nao tome o meu texto como uma forma de acusar alguem ou nao pelo desconhecimento pois nao é esta absolutamente a intencao – a ideia neste espaco democratico é a de se possivel esclarecer algumas coisas relacionadas ao comercio internacional de carnes que é a area em que atuo – existem muitos mitos e visoes equivocadas sobre este mercado internacional e gostaria de poder de alguma forma esclarecer alguns destes equivocos –
quando a demanda externa reconfirmo que nao está nada firme -o Brasil perde competividade a cada dia pelos altos precos da carne em decorrencia do alto preco do boi e do dolar baixo – dependemos de mercados extremamente instaveis – vide em 2010 exportamos 62% do total para 3 paises – Russia/Iran/egito – e nao se pode dizer que estes paises sejam estaveis e estejam com uma demanda firme – exportamos basicamente dianteiros e o aumento do faturamento que houve em 201 – 24% a mais por tonelada exportada – deve-se unica e exclusivamente a falta de opcao dos importadores em compras de volume ,que por sorte ainda temos no Brasil -nao nos esquecamos que o aumento do boi em 2010 foi mais de 50% –
0 aumento do preco do dianteiro nas primeiras semanas do ano deve-se somente ao pouco abate nao a exportacoes – os precos no exterior continuam e vao continuar ainda mais apertados , estamos sofrendo uma concorrencia feroz dos outros paises exportadores que tem precos (nao volume) inferiores aos nossos – a perspectiva de exportacaopara 2011 é nebulosa – nao conseguiremos diversificar mercados -e a crise economica ainda é muito intensa em especial na Uniao europeia –
frigorificos em dificuldades eu quis dizer os que ainda restaram, pois os que estao em Recuperacao judicial parece que ja tiveram o seu espaco tomado pelos remanescentes –
Portanto 2011 deve ser mais um ano de extremas dificuldades para as industrias frigorificas – algumas coisas como um enxugamento da capacidade instalada de abate- ainda superior a oferta de animais mesmo com tantas plantas sem operar – ainda devem ocorrer brevemente e entao devera chegar a um certo ponto de equilibrio, em obediencia a velha e irrevogavel lei da oferta e procura – quem viververá!
Discordamos do Massotti e concordamos com o Rodrigo eu e o Rabobank
https://beefpoint.com.br/rabobank-confirma-bom-cenario-para-o-campo_noticia_69056_15_166_.aspx
Prezado Carlos Massoti,
Quando menciomou no seu post “Frigorificos todos em dificuldades financeiras -que terao inevitavelmente que se ajustar e tentar minimizar o prejuizo que nao é pequeno – deve haver um enxugamento da capacidade de abate por consequencia menos concorrencia para a compra do boi ” realmente fiquei preocupado ainda mais diante da gigantesca concentração. Pois precisamos também de uma indústria forte e acredito que eles devem estar “queimando gordura” pela ociosidade de plantas.
Porém este é um fator existente pelo excesso da ampliação da capacidade instalada, desde 2006/07. Esta ampliação, acredito, que seja bem superior ao aumento da oferta de gado nos últimos anos e está maquiando a verdadeira causa da baixa lucratividade. Os Frigoríficos foram ao BNDES e levaram dinheiro para construir novas unidades prometendo mais empregos. O Boi estava barato e a industria imaginava que se mantivesse por longos anos.
No mercado internacional, realmente a Europa ainda está na crise, com leve recuperação, mas o que mandávamos para lá era o “rump and loin” e dentro da Cota Hilton. fora dela muito pouco. O resto o mercado árabe, principalmente o Egito comprava tudo. Apartir de 2006, houve um movimento brusco, a Russia, que ninguem confiava , era o “patinho feio”, demonstrou ser boa pagadora com preços bons e sem o custo do abate Halal e etiquetas complicadas, se tornou a maior compradora. Os árabes foram comprar carne da Ìndia, porque era esta qualidade e preço que queriam. Provaram a qualidade da carne da India e hoje voltaram a namorar o Brasil, mas sempre esbarra no preço e custo para vender a eles. Mas acredito que voltarão a comprar volumes melhores.
Como o Rodrigo, acredito que a nossa demanda interna seja o maior regulador de preços , e também acredito que para os frigoríficos o mercado interno deve estar lucrativo pagando ao produtor R$6,40 na carne e tirando seus custos na toillete que bem sabem fazer.
Assim, concluo dizendo que se os frigoríficos tem problemas, devido a capacidade ociosa, foi pelo aumento demasiado da capacidade instalada. Terão de fechar algumas plantas, aliás já deveriam ter fechado.
Também a volta dos custeios pecuários a juros mais honestos trouxe tranquilidade ao produtor, que opta por reter o Boi no campo pagando juros de 7% ao ano do que vender a tropa depreciado em 20% seu preço. Por fim o aumento do poder aquisitivo da população, vide os indices de emprego, proporcionarão uma estabilidade no preço do boi pelos próximos tempos, se não hoverem sobressaltos na economia.
Saudações a todos
Parabéns Rodrigo, a lucidez dos seus pensamentos sempre nos surpreende!!
Aqui em Goiás, a seca passada ainda está prejudicando em muito a “desova” do boi da safra, e ainda assim temos visto pastos “vedados”, pois o boi sumiu!!
Se acabaram as “reservas” dos frigoríficos que tentavam tapar um buraco aqui e ali, nos ludibriando com a falsa sensação de que começara a “sobrar” boi…
Esperemos para meados de fevereiro para ver qual a verdade!!
Grande Abraço
José Guedes
Concordamos com o Rodrigo,entramos em um novo patamar.
pecuaristas!, nao animem demais, realmente o nosso boi atualmente nao tem competetividade la fora atualmente,nao temos precos em dolares,nao adianta sonhar,este ano de 2010, teve preco pela seca muito severa e por ter pouco gado confinado, a maioria dos pecuaristas nao vendeu boi de $100,00 reais, somente sao paulo. estamos criando mais desde 2006 , acredito que este ano comeca a aparecer um pouco mais de bezerros,a troca melhorando , ajuda a segurar o boi mais baixo,agora passou o fim de ano , de precos alto para os cortes ,a tendencia è dar uma queda sim!!,acredito que nos proximos 2 meses teremos muito boi no mercado, boi que nao matou por causa da seca ., agora la em outubro è outro mercado ainda è muito cedo para prever . abraco
Amigos, cheguei ontem de Madrid, Espanha, onde todo ano passo uma temporada por lá. Por ser brasileiro, todos amigos espanhois (conheço poucos brasileiros que vivem lá) só falam da picanha brasileira (até a aeromoça disse que gosta de vir ao Rio de Janeiro para comer a picanha brasileira). Agora o primeiro grande detalhe: NAO SE ENCONTRA PICANHA RASILEIRA EM MADRID. Como conheço um açougue no mercado municipal em frente a estaçao do metro de Tetuan, ele corta a picanha que eu encomendo, de boi espanhol (Rubia galega?). Faço um churrasco para os amigos, seja no forno ou na “Plancha” elétrica. Segundo grande detalhe: ?13,60 Euros o KG (que pago no cartao que o tem convertido a R$ 2,19), ou seja R$29,79 (aqui nao sai por menos de R$45,00) . Terceiro grande detalhe: É SIMPLESMENTE muito melhor do que a nossa picanha “gourmet”. Macia, marmorizada etc… Eles pensam que é pq é um brasileiro (eu que faço) e comem sem para. Quarto grande detalhe: Ganhamos a fama mas nao tiramos partido disso. Será por preço ou por cota de exportaçao?
Relato isto, pois esta é a realidade do mercado. Sou de opiniao que o mercado interno é que sustentará nossa atividade.
Abraços a todos
Concordo com o Rodrigo,
senhores, está sim mudando o cenário da pecuária no Brasil, é visual que esta se concretizando, muitos acima sitaram o mercado externo como principal motivo mas se esqueceram que mais de 70% do nosso boi fica por aqui, e que A CARNE BOVINA no Brasil é questão de cultura, o brasileiro usa a mesma botina todo o dia mais não deixa de comer carne, quem tem este costume não aguenta comer ovo por muito tempo.
E não é somente a vez de invernistas e confinadores, concordo que após 2006 abateram-se menos fêmeas, mais contudo a vaca só produz um bezerro por ano (isso se bem manejado), e todos sabem que é preciso intensificar.
estamos entrando na era das commodities.
abraço a todos
Prezado Carlos Massoti,
Veja o link: http://www.scotconsultoria.com.br/noticia.asp?idN=8757. O jan/11 x jan/10 está 17,4% superior em termos de exportação.
Abraços,
Rodrigo
Rodrigo,
Sei que esta análise não é escrita somente em cima de suposições e sim em cima de numeros e da realidade que a pecuária esta vivendo,você além de grande amigo e amante da pecuária é um excelente analista e suas colocações são sempre bem feitas, Parabéns!!!!
Rodrigo e Carlos
resumindo, a verdade é a grande e antiga lei da oferta e procura, a realidade que não estamos tendo tanto produto assim pronto nas propriedades e o consumo tanto interno como externo não pode parar, assim até regular nossa produção levará um tempo (tudo na vida é ciclo).
abraços e um bom ano a todos
JOSÉ LEANDRO O. PERES
SINOP-MT
Respeito com os pecuaristas sempre é bom, quando o preço forçou o descarta de matrizes mostrou que hoje Nao é saída para frigoríficos, empresas exportadoras, açogueiros e para a população reduzir o preço da @, nos hoje estamos unidos e certos de nossa força.
A experiência que tive como produtor de bezerros, me revelou (ao longo dos anos) que esta “indústria” passou por vasto período de “vacas magras”, quase sempre no vermelho. Hoje, depois de quase não ter sobrevivido na atividade, vejo como a maioria dos colegas que aqui se manifestaram, que a realidade do alimento carne não tem muita elasticidade para aumento de produção, cabendo atualmente a análoga aplicação da Teoria “Malthusiana” (aumento dos meios de produção na mesma proporção e velocidade do aumento do consumo) devido a tudo que se disse sobre a atual realidade (inversão interna de áreas da pecuárias para áreas agrícolas, ao alto custo e à falta de recursos financeiros do pecuarista para reformar suas pastagens, a contenção ao desmatamento de novas áreas que até recentemente sempre foram crescentes, aliados aos fatores positivos, em que os nossos concorrentes externos também diminuiram a sua oferta de exportação e ao fato relevante da classe brasileira menos favorecida, a pobre, que é a mais populosa, ter melhorado seu poder aquisitivo), acho condizente acreditar que passaremos por um período de pelo menos três anos de senão “vacas gordas”, de “vacas bem nutridas”, já que nenhuma atividade sobrevive só com prejuízos.
A indústria dos setores secundário e terciário já está operando com razoável lucratividade ha pelo menos um ano.
Que Deus nos ajude a termos saúde e a conseguirmos melhorar nosso rebanho com dignidade.
Parabéns pelo artigo Rodrigo, sempre objetivo em suas ponderações.
abraço
Muito bom o texto do Rodrigo e excelente o nível dos debates. Tenho sempre defendido neste espaço do Beefpoint que as opiniões de cada um devem sempre ser respeitadas e consideradas, e é isto que vem acontecendo. Parabéns a todos.
Nós que atuamos no setor da indústria, consideramos que os atuais preços no mercado do boi terminado para o abate são muito positivos para o produtor e para o conjunto da cadeia produtiva. Embora penalizem o consumidor e dificultem um pouco as exportações, estimulam a retenção de matrizes e recompõem, no médio/longo prazo, o rebanho nacional. Estou de acordo com aqueles que pensam que os atuais preços continuarão acima da média histórica ao longo do ano de 2011. Todos os fatores e circunstâncias da atual conjuntura apontam neste sentido.
O sistema de mercado foi, é e sempre será assim : os preços são os principais sinalizadores que influenciam as decisões que tomamos hoje e cujos reflexos sentiremos, coletivamente, no dia de amanhã. A capacidade ociosa acima do normal hoje existente no setor frigorífico é resultado de decisões que foram tomadas lá atrás, mas que naquele momento a justificavam. Os ajustes sempre serão inevitáveis num mercado onde impera a lei da oferta e da procura, e, dada a grande inserção externa do país no mercado mundial, dos reflexos das políticas protecionistas dos países concorrentes.
O importante para quem gosta deste espaço é dele participar ativamente, oferecendo suas análises, diagnósticos e observações, pois, afinal, todos ganhamos compartilhando nossas experiências e percepções.
Um abraço a todos.