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Rodrigo Paniago, presidente da APPS, fala sobre as ações que estão sendo realizadas para melhorar as discussões sobre sustentabilidade

Rodrigo Paniago, engenheiro agrônomo e presidente da Associação dos Profissionais da Pecuária Sustentável (APPS) fala sobre a Associação, as ações que estão sendo planejadas e as iniciativas que foram realizadas durante a Feicorte 2010.

Rodrigo Paniago, engenheiro agrônomo e presidente da Associação dos Profissionais da Pecuária Sustentável (APPS) fala sobre a Associação, as ações que estão sendo planejadas e as iniciativas que foram realizadas durante a Feicorte 2010.

Destaques:

“A Associação dos Profissionais da Pecuária Sustentável nasceu de um evento técnico promovido em 2009, onde se reuniram diversos pesquisadores da área de pastagem e um número grande consultores, que tinha como ideia central discutir sustentabilidade. O que é sustentabilidade para a pecuária brasileira? Nesse evento o pessoal entendeu que a comunidade técnico-científica não estava sendo ouvida e que o espaço na mídia para quem entende da produção pecuária era ridículo, mínimo. Então decidimos que era preciso criar um grupo que pudesse levar a voz dessa comunidade para o debate e tentar elevar o nível desse debate”.

“Muito do que se falava sobre produção pecuária e sustentabilidade da pecuária estava sendo dito por pessoas que não entendem do assunto”.

“Nas primeiras reuniões definimos que nossa atuação deveria ser divida em ações de curto, médio e longo prazo”.

“Nas ações de curto prazo está uma maior interação com o produtor rural, no sentido de explicar para ele o que é sustentabilidade”.

“A ação de médio prazo é aumentar o contato com jornalistas, para que esses profissionais recebam informações corretas e possam elevar o nível do debate. A ideia é mostrar para a imprensa a importância da pecuária brasileira”.

“A pecuária ilegal é a minoria, mas infelizmente é a notícia que chama mais atenção”.

“Nas ações de longo queremos evitar que essa visão distorcida chegue até as crianças, que são os futuros consumidores da nossa carne. Então vamos fazer um treinamento para os professores de ensino fundamental e uma cartilha para explicar para as crianças de onde vem a carne que eles comem”.

“Na Feicorte realizamos nosso primeiro Congresso e o primeiro treinamento para jornalistas com quase 50 participantes, para levar esse conhecimento”.

“No Congresso tivemos diversas palestras explicando quais são as demandas do mercado internacional, qual é a emissão de gases do efeito estufa da nossa pecuária, qual é o impacto da intensificação da pecuária e fechamos o debate com a discussão de como aplicar tudo isso, falando sobre a gestão e aplicação de tecnologias sustentáveis”.

“A participação na Feicorte foi muito importante, pois tivemos diversas reuniões paralelas a esses eventos e diversas instituições se mostraram interessadas em entrar na APPS e colaborar”.

“Campanhas como “Forest there, farms here” (Florestas lá, fazendas aqui), promovida por norte americanos tem que ser levadas a sério, pois elas estão levando uma visão equivocada da nossa pecuária”.

“Quando formos atacados temos que mostrar qual é a realidade”.

“Mostrar com base em conhecimento científico o que realmente está acontecendo na nossa pecuária, qual é o potencial que ela tem”.

“Não podemos ser reativos. Temos nossa parcela de responsabilidade perante a sociedade, mas por outro lado não podemos assumir a culpa que não é nossa”.

“A pecuária é a maior oportunidade que o país tem, do ponto de vista estratégico, para melhorar o balanço de emissões de gases do esfeito estufa”.

“É a pecuária que pode ceder áreas para que o Brasil continue aumentando produção de alimentos e fibras sem desmatar. Temos muito a ganhar em produtividade”.

“Colocar a pecuária como vilã é um erro enorme”.

“O produtor não pode ter medo de ser sustentável, pois as ferramentas que vão tornar o negócio dele sustentável são as mesmas que vão aumentar a produtividade dele e por consequência a rentabilidade. Para ser sustentável tem que ter eficiência econômica”.

“Não tenha medo de ser sustentável”.

O desenvolvimento deste projeto só foi possível graças ao apoio da Allflex, In Vitro Brasil e Pioneer Sementes, que confiaram no trabalho da Equipe BeefPoint e viabilizaram a produção das entrevistas gravadas na Feicorte 2010.

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