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Rondônia é declarado livre de aftosa com vacinação

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, assinou ontem (22) portaria declarando o estado de Rondônia como livre da febre aftosa com vacinação. Agora o Mapa vai enviar à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o inquérito soroepidemiológico, realizado pelo Departamento de Defesa Animal, solicitando o reconhecimento internacional de área livre de aftosa. Rondônia tem hoje cerca de sete milhões e 500 mil cabeças de gado bovino e bubalino.

A Comissão de Febre Aftosa e Outras Epizootias reúne-se de 25 de novembro a 6 de dezembro, na sede da Panaftosa, no Rio de Janeiro. Entre os temas a serem discutidos está incluído o pedido de reconhecimento de Rondônia como livre de febre aftosa com vacinação. No mês de maio, em Paris, o Comitê Central, formado por países membros da OIE, analisa o parecer da Comissão para conferir a Rondônia o status internacional de livre da doença com vacinação.

“A mudança de status não significa, porém, adesão a novo circuito”, diz o assessor do departamento de defesa animal, Jamil Gomes de Sousa. Rondônia pertence ao Circuito Pecuário Norte e, segundo a OIE, são livres da doença os circuitos sul, centro-oeste e leste. O governo pretende até 2004 erradicar a aftosa de todo o território nacional.

O Brasil tem hoje 50% de seu território e 85% do seu rebanho bovino e bubalino em zona livre de febre aftosa e praticamente 100% da produção suína tecnificada também em área livre. A produção e a exportação de carne bovina e bubalina empregam diretamente sete milhões de pessoas em toda a cadeia produtiva. O valor atual da produção desse segmento é estimado em US$ 7 bilhões.

Ilha do Bananal

O Mapa reconheceu a Ilha do Bananal como área livre de febre aftosa com vacinação, permitindo que os animais criados no local possam ser comercializados no Tocantins, Goiás e Mato Grosso, estados com os quais a área faz limite. Isso era proibido porque a ilha era considerada zona de risco e os animais só podiam ser removidos em caminhões lacrados, com destino a estados com o mesmo status sanitário.

O inquérito epidemiológico foi realizado este ano e o resultado confirmou a ausência da atividade viral na região. O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), Reynaldo Soares, diz que a decisão do ministério é um reconhecimento do serviço de defesa dos três estados. Desde o ano de 2000, os animais que estão no local (cerca de 70 mil) são submetidos à vacinação assistida.

Para a presidente da Federação da Agricultura do Tocantins (Faet), Kátia Abreu, a medida traz um alívio sanitário para o setor pecuário. Ela lembra que os animais criados na área não tinham preço e havia a possibilidade de serem retirados ilicitamente da área. Agora essa pressão acabou.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Gazeta Mercantil (por Neila Baldi e Ivonete P. Motta), adaptado por Equipe BeefPoint

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