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Rossi critica plano francês de regulação de alimentos

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi criticou ontem (7) a posição defendida pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, de intervir nos preços das commodities por meio da criação de estoques reguladores. Rossi lembrou que a pressão gerada pela valorização das commodities agrícolas é uma realidade, mas que se deve a uma série de fatores e nenhum deles é "culpa do Brasil".

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi criticou ontem (7) a posição defendida pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, de intervir nos preços das commodities por meio da criação de estoques reguladores. Rossi lembrou que a pressão gerada pela valorização das commodities agrícolas é uma realidade, mas que se deve a uma série de fatores e nenhum deles é “culpa do Brasil”.

“Enquanto os preços estavam em queda, nenhum presidente ou chefe de Estado propôs uma intervenção sobre os preços. Agora querem limitar os ganhos dos produtores brasileiros”, disse o ministro, que participou ontem da primeira reunião do ano do Conselho Superior do Agronegócio, órgão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Subsídios em países ricos encarecem preço dos alimentos

Rossi também apontou como os responsáveis pela alta dos preços do alimentos no mundo são os países desenvolvidos, que concedem altos subsídios aos seus produtores. O Brasil, segundo ele, vende seus produtos agrícolas a preços justos.

“Com os subsídios que os países ricos concedem aos seus agricultores, as mercadorias ficam mais caras”, disse ele. “O Brasil não tem culpa nenhuma do aumento dos preços. Somos eficientes, produzimos com baixo custo e colocamos produtos no mercado a um preço justo”, acrescentou.

O ministro ressaltou que há também um problema estrutural de queda de oferta e aumento de demanda por alimentos, que tem elevado as cotações agrícolas. “Há uma demanda superaquecida, impulsionada pela melhora da qualidade de vida nos países emergentes. Isso é bom. O povo quer comer e, com isso, o Brasil, que é o maior fornecedor mundial de alimentos, pode ser recompensado por seu esforço produtivo”, afirmou.

As informações são do jornal Valor Econômico e Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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