Para que o abate dos animais contato dos 18 focos registrados no município de Rio Grande (RS) seja concluído, restam, apenas, cerca de 200 bovinos de uma propriedade para serem avaliados. O frigorífico Extremo Sul abate amanhã mais 670 bovinos, provenientes de 9 propriedades. A empresa aguarda para a próxima semana a remessa de mais 373 animais para o abate acompanhado.
Segundo Paulo Real Silva, gerente da indústria do frigorífico, dos 2,472 mil animais contatos dos 18 focos registrados em Rio Grande – 17 propriedades – restam 1,042 mil bovinos, 154 ovinos e um suíno a serem abatidos. Destes, 842 já estão avaliados. Foram encaminhados ao frigorífico Famile 94 ovinos, já abatidos, e nova remessa deve ser feita esta semana, de mais 154 animais.
Silva integra a comissão de avaliação como representante do Sindicato das Indústrias de Carne do Rio Grande do Sul (Sicadergs). A comissão é formada ainda, por representantes da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Federação da Agricultura do RS (Farsul), através do Sindicato Rural de Rio Grande.
Na opinião de Silva, até o final da próxima semana, os abates estarão concluídos, começando a contar então o vazio sanitário, pelo período de 30 dias. Durante 90 dias, animais sentinelas, que nunca tiveram contato com o vírus da aftosa e por isso não apresentam a menor resistência à doença, são introduzidos nas propriedades. Amostras de sangue são coletadas no 15º e 30º dia, para análise. “A partir daí, desde que não seja detectada nenhuma atividade viral, as propriedades começam a ser liberadas para reposição dos animais, aos poucos e proporcionalmente.”
Além disso, é feita também a sorologia de animais localizados num raio de três quilômetros dessas propriedades. O povoamento é liberado somente se, ao final deste período, não for detectada atividade viral nestes locais.
Fonte: Diário Popular/RS (por Luciara Schneid), adaptado por Equipe BeefPoint