A informação divulgada ontem pela imprensa da Bolívia que indicou a ocorrência de um foco de febre aftosa no leste do país colocou as lideranças do setor agropecuário gaúcho em alerta. A principal preocupação é com relação à fronteira com o MS, que pode se tornar um ponto de ingresso do vírus no Brasil.
A informação divulgada ontem pela imprensa da Bolívia que indicou a ocorrência de um foco de febre aftosa no leste do país colocou as lideranças do setor agropecuário gaúcho em alerta. A principal preocupação é com relação à fronteira com o MS, que pode se tornar um ponto de ingresso do vírus no Brasil. Além disso, a Bolívia faz divisa com o Acre, Rondônia e o Mato Grosso. Apesar de o Rio Grande do Sul não importar cortes bolivianos, o temor é que, com o ingresso da doença em território nacional, o estado possa ser atingido com embargos internacionais.
O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, sugere que haja proibição de trânsito entre os dois países. “A possibilidade de transmissão do vírus assusta e exige cautela”, afirma, lembrando que o episódio é mais um motivo para a manutenção da portaria estadual nº 200. A legislação proíbe o ingresso de cortes com osso de todo o Brasil no RS.
O superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa/RS), Francisco Signor, teme pela passagem da enfermidade para o Brasil através do gado em pé trazido clandestinamente para o Mato Grosso do Sul.
O Sindicato da Indústria de Carne e Derivados no RS (Sicadergs) sugere que o Mapa adote uma ação enérgica, com a utilização até mesmo do Exército para coibir o trânsito de animais entre os países. “As autoridades brasileiras deveriam, inclusive, oferecer ajuda à Bolívia porque eles não têm condições de realizar um combate eficiente da doença, sugere o diretor-executivo do sindicato, Zilmar Moussalle. As informações são do jornal gaúcho Correio do Povo.
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Gostaria que o governo federal adotasse medidas efetivas para evitar que a doença se alastre para nosso país, evitando assim novos embargos comerciais aos nossos produtos e mais prejuízos aos produtores.
Pode ser também que após o surgimento deste foco tão preocupante, aqueles que pregavam que o Rio Grande do Sul deveria flexibilizar a portaria 200 da SAA, liberando a entrada de carne com osso de outros estados mudem de opinião e deixem de pensar somente em seus interesses, e me parece que é o que já está acontecendo.
A discussão é velha, o tema é sempre atual, e infelizmente não sai do palanque de discursos, pois o governo federal, pelo seu histórico, só vai se movimentar após a entrada do foco no país, e vai novamente culpar os produtores.
Cabe a nós, a pressão.