RS: animais mais valorizados nos leilões de primavera

A valorização deve ser puxada pela alta do boi gordo, influenciada por fatores como aumento das exportações, redução de animais prontos para o abate e disposição do próprio consumidor brasileiro de abrir a carteira para ter à mesa carne de qualidade, trunfo das raças de origem britânicas e suas derivações sintéticas criadas no Rio Grande do Sul.

A valorização deve ser puxada pela alta do boi gordo, influenciada por fatores como aumento das exportações, redução de animais prontos para o abate e disposição do próprio consumidor brasileiro de abrir a carteira para ter à mesa carne de qualidade, trunfo das raças de origem britânicas e suas derivações sintéticas criadas no Rio Grande do Sul.

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Pelo lado da oferta, a tendência é de menor número de reprodutores à disposição devido ao inverno chuvoso que dificultou o desenvolvimento de pastagens e a preparação dos animais, diminuição de remates e mais compras antecipadas nas propriedades. Dados do Sindicato dos Leiloeiros Rurais (Sindiler-RS) mostram que, na temporada passada, o martelo bateu para 5,2 mil reprodutores.

O presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), Fernando Lopa, enumera mais razões para projetar uma temporada de valorização. Segundo Lopa, em 2014 cessou o abate de fêmeas verificado nos dois últimos anos em virtude do avanço da soja nos campos de pecuária. Isso estaria ajudando, agora, a frear a oferta de gado para abate, influenciando os preços e também levando a uma procura maior por touros pela retenção das matrizes.

Para Silva, quem for às compras no final de outubro corre o risco de não encontrar os melhores reprodutores. Na Associação Brasileira de Angus (ABA), o número de remates chancelados pela entidade no Estado será 10% inferior ao do ano passado, mas se repete a expectativa de uma estação promissora para os negócios.

— Esperamos uma boa temporada de vendas porque os preços do boi e do terneiro estão altos. Produtores que investirem em touros devem ter retorno interessante — avalia José Roberto Pires Weber, vice-presidente da ABA.

A percepção de antecipação é compartilhada por Henrique Ribas, vice-presidente da Associação de Criadores Devon.

— Acreditamos que teremos 30% dos reprodutores vendidos antes do início da temporada e, na metade dela, o estoque já estará liquidado — entende.

Também deve influenciar o mercado, dizem criadores e leiloeiros, a busca pela genética produzida no Rio Grande do Sul por pecuaristas de outros Estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás.

Na contramão das expectativas, algumas cabanhas aumentarão a oferta, como a GAP. No leilão do próximo domingo, em Uruguaiana, serão 300 touros e 320 ventres das raças angus, brangus, hereford e braford, número 10% superior ao ano passado. A intenção é privilegiar tradicionais clientes e reservar o que a cabanha tem de melhor para a disputa de lances. Apesar da escalada do preço do boi gordo, manter a média de 2013 será considerado um bom desempenho, avalia João Paulo Schneider da Silva, diretor comercial da GAP:

Fonte: Jornal Zero Hora, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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