O município gaúcho de Canoas poderá abrir um frigorífico para abate e produção de carnes bovinas com capital dos Emirados Árabes Unidos. O presidente do banco islâmico Makaseb, Ahmed El Helw, do país árabe, esteve na cidade na última semana e conversou sobre essa possibilidade com o prefeito de Canoas, Jairo Jorge da Silva, e o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Francisco Valmor Avila. A intenção é produzir carnes no município para exportar ao mercado dos Emirados.
O município gaúcho de Canoas poderá abrir um frigorífico para abate e produção de carnes bovinas com capital dos Emirados Árabes Unidos. O presidente do banco islâmico Makaseb, Ahmed El Helw, do país árabe, esteve na cidade na última semana e conversou sobre essa possibilidade com o prefeito de Canoas, Jairo Jorge da Silva, e o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Francisco Valmor Avila. A intenção é produzir carnes no município para exportar ao mercado dos Emirados.
O Makaseb é um banco de investimentos e Helw esteve em Canoas para participar de um encontro islâmico, promovido pela Câmara Municipal de Vereadores. De acordo com Avila, o país árabe quer garantir a sua segurança alimentar futura e também está preocupado com a questão da água. O país não tem recursos hídricos abundantes e por isso precisa garantir o fornecimento de alimentos do exterior.
Avila explica, no entanto, que ainda não há um negócio concreto, apenas uma intenção. De acordo com ele, o banco ficou de elaborar um estudo de viabilidade do investimento e uma comitiva da prefeitura de Canoas deverá ir aos Emirados no mês de setembro para continuar discutindo o tema. O secretário-adjunto fala que um dos fatores que fez Helw achar Canoas atrativa para a produção de carnes é a questão logística. “Temos ao lado aeroporto, rodovia, ferrovia, porto”, explica Avila.
A Prefeitura Municipal de Canoas se comprometeu a doar um terreno para a construção do frigorífico. Atualmente, de acordo com Avila, o município não tem frigoríficos instalados, mas já teve no passado. O abate precisará ser feito de acordo com as regras islâmicas. O objetivo é atender a população muçulmana que vive no país árabe. O Brasil já é um grande fornecedor de carnes para os Emirados. Segundo o secretário-adjunto, 67% da carne bovina consumida no país hoje é fornecida por empresas brasileiras.
O presidente do Makaseb também esteve com o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, em Porto Alegre. De acordo com informações da assessoria de imprensa da entidade, além de falar sobre a instalação do frigorífico, Helw também manifestou a intenção de comprar milho, soja, arroz e trigo do Rio Grande do Sul. O presidente da instituição islâmica falou que o seu país quer aumentar os negócios com o estado, principalmente no agronegócio.
Helw já esteve na Câmara de Comércio Árabe Brasileira em busca de informações sobre oportunidades de negócios no Brasil. Em entrevista à ANBA no ano passado, ele disse que os principais interesses do grupo são as áreas de alimentos e construção.
A matéria é de Isaura Daniel e Alexandre Rocha, Agência de Notícias Brasil Árabe, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.