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RS: boas práticas de manejo são rotina em propriedades

A preocupação com o bem-estar animal e as chamadas boas práticas de manejo passaram a integrar a rotina das propriedades voltadas à produção de gado de corte nos campos gaúchos. O desafio é apurar os fatores que influenciam o processo produtivo da carne, tornando-o mais competitivo e seguro, ampliando chances de conquistar novos mercados e reduzindo perdas de matéria-prima.

A preocupação com o bem-estar animal e as chamadas boas práticas de manejo passaram a integrar a rotina das propriedades voltadas à produção de gado de corte nos campos gaúchos. O desafio é apurar os fatores que influenciam o processo produtivo da carne, tornando-o mais competitivo e seguro, ampliando chances de conquistar novos mercados e reduzindo perdas de matéria-prima.

Além do alto padrão genético do rebanho, são exigências da pecuária moderna profissionais bem treinados, transporte correto dos animais e instalações adequadas. De acordo com a Embrapa Gado de Corte, no Mato Grosso do Sul, que produziu um manual de orientação aos pecuaristas, as instalações para a produção de bovinos de corte devem se caracterizar pelos aspectos relacionados a funcionalidade, resistência, economia e segurança. Centros de manejo inapropriados podem comprometer a qualidade final, por causa da ocorrência de hematomas e feridas na carcaça, e de furos, cortes e riscos profundos no couro dos animais. Esses danos depreciam seu valor comercial, reduzindo a rentabilidade.

O especialista em modernização de instalações rurais Marcos Breyer dos Santos afirma que, no Brasil, perde-se uma arroba (14,6 quilos) por cabeça abatida devido a lesões no manejo pré-abate e nada menos do que 39,6% dessas lesões ocorrem dentro da fazenda. “Currais malfeitos, que não contemplam o manejo racional, causam prejuízo superior a R$ 10,00 por cabeça ao ano”, afirma ele.

Para Santos, o curral deveria merecer maior atenção. Porém, na maioria das vezes, tem sido o local onde os investimentos não chegam. “É lá que estão as tábuas quebradas, a ponta do prego, o barro, a cordoalha frouxa, os frascos jogados, os ferrões e, entre outras questões danosas, os contrastes de luminosidade, perturbadores aos bovinos”, alerta. “O bovino enxerga em profundidade e não tem muita noção de distância ou de tamanhos. Por isso, o curral precisa ser em curva, com as paredes laterais totalmente fechadas e pintura clara”. Outro problema são espaços ociosos em mangas grandes demais. Um exemplar adulto não necessita mais do que 3 metros quadrados, garante o especialista, e as propriedades hoje trabalham com lotes pequenos, de 150 a 200 animais ao dia.

A reportagem é do jornal Correio do povo de Porto Alegre, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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