RS busca aumento das exportações de carne

Produtores e indústrias estão unindo esforços para incentivar as exportações de carne bovina do Rio Grande do Sul. A idéia é vender os cortes aos países árabes a partir do mês de outubro, explica Zilmar Moussalle, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs). “Estamos organizando um pool que deve envolver entre quatro e seis empresas”, revela.

O volume a ser exportado vai depender da quantidade de matéria-prima rastreada. Para conseguir essa oferta, a cadeia produtiva gaúcha está fazendo um trabalho de sensibilização com os pecuaristas. “É preciso que exista a conscientização de que a rastreabilidade é a grande exigência do mercado comprador”, salienta o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Fernando Adauto. A certificação dos animais precisa ser feita o mais rápido possível, ressalta Moussalle. “Depois da adesão ao sistema, ainda precisa ser respeitada a quarentena para o abate destinado à exportação”.

A venda ao exterior é uma forma de evitar uma grande queda nos preços durante o período de excesso de produto no mercado interno. Esse movimento, a partir de setembro, acontece principalmente porque há a desocupação de áreas da pecuária para o plantio da soja.

Para este ano, a previsão é que as exportações gaúchas alcancem entre 100 mil e 120 mil toneladas de carne bovina, segundo o diretor do Sicadergs. No primeiro semestre, as vendas chegaram a 60 mil toneladas, praticamente o total do que foi exportado em 2003, quando o Estado embarcou 68,3 mil toneladas. O aumento é creditado principalmente às vendas para o Egito e à conquista de novos compradores em mercados tradicionais, como a Europa e o Chile. Os volumes foram exportados pelas três plantas do Frigorífico Mercosul, que tem sede em Bagé.

Fonte: Jornal do Comércio/RS (por Denise Saueressig), adaptado por Equipe BeefPoint