RS: com 30% de ociosidade, frigoríficos temem agravamento de crise

O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) teme que o aperto na fiscalização de unidades de abate de bovinos tenha um impacto negativo sobre o setor. “Fizemos uma reunião nesta quinta-feira (26/3) (com representantes da cadeia) para que as empresas busquem individualmente verificar em sua estrutura operacional situações que precisariam ser corrigidas, para assim evitar uma crise maior. Já estamos num momento delicado no Rio Grande do Sul, trabalhando com ociosidade e com dificuldade até de manutenção (das unidades). Esta é mais uma situação que se coloca pra nós, mais um encargo”, afirmou o presidente da entidade, Ronei Lauxen.

Recentemente, uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou o frigorífico Silva, de Santa Maria, que abate cerca de 700 animais por dia. Segundo Lauxen, a indústria de abate de bovinos opera com cerca de 30% de ociosidade hoje no RS, devido à falta de matéria-prima, acrescentando que a inflação de alimentos contribui para o quadro desfavorável.

Ele lembra que, embora a valorização do câmbio seja positiva para as empresas exportadoras, o Rio Grande do Sul não se beneficia tanto desta condição porque as indústrias do Estado estão mais direcionadas ao mercado interno. Diante deste cenário, o Sicadergs prevê estabilidade para o setor este ano no Rio Grande do Sul, mantendo o volume de abate de 170 mil cabeças de gado por mês.

Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

Campanha ‘Chegou a Hora’ pretende erradicar a febre aftosa em Roraima
31 de março de 2015
MS: frigoríficos Beef Nobre, de Campo Grande, e Fribrasil Alimentos, de Caarapó fecham
31 de março de 2015