A Delegacia Federal de Agricultura do Rio Grande do Sul (DFA/RS) está implantando o Projeto de Vigilância Zoossanitária Internacional Brasil/Uruguai, que atinge 50 km da fronteira (25 km de cada lado). A operação envolve 11 municípios gaúchos e cinco departamentos uruguaios e tem como objetivo integrar ações no controle de doenças como a febre aftosa. Devido ao último foco da doença, ocorrido em 2001 na fronteira com o Uruguai, o Rio Grande do Sul paralisou o processo de reconhecimento do estado como área livre de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Atualmente, o status internacional do Estado é de área livre com vacinação. Segundo o diretor técnico da DFA/RS, José Euclides Severo, o Rio Grande do Sul poderá começar a retirar a vacinação até 2007, caso não registre mais nenhum foco da doença na região. “Estamos realizando um trabalho conjunto com o Uruguai para garantir a equivalência sanitária e como contribuição aos projetos globais de combate à doença, como o Projeto Bacia do Prata e o Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa”, esclareceu.
O Projeto de Vigilância Zoossanitária Internacional Brasil/Uruguai está em andamento e entre as principais atividades está a vacinação simultânea dos rebanhos contra febre aftosa na faixa de 50 km. Antes do projeto, a vacinação ocorria em períodos diferentes. De acordo com o diretor técnico, a idéia é expandir o programa comum de sanidade para toda fronteira do Brasil com o Uruguai e com outros países. O projeto conta com a participação de produtores, técnicos oficiais e entidades de classe dos dois países.
Entre as metas estabelecidas pelo programa para 2004, além da vacinação simultânea na faixa de 50 km na fronteira, estão previstas realização de rodadas técnicas de avaliação, treinamentos em educação sanitária e epidemiologia. Serão criados também comitês locais de sanidade animal. No município gaúcho de Jaguarão já está implantado um comitê. Para 2005, está prevista a padronização dos períodos de vacinação contra febre aftosa e inclusão da educação sanitária nos currículos das escolas municipais da região envolvida, entre outras ações.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint