Com o problema da febre aftosa superado, os frigoríficos gaúchos exportaram um total de 57 mil toneladas de carne em 2002. No ano anterior, o volume foi de 38 mil toneladas. Segundo o diretor do Sindicato da Industria da Carne do Estado (Sicadergs), Zilmar Moussalle, esse é o melhor resultado do setor nos últimos oito anos.
Os números foram fechados ontem (14), durante encontro das empresas exportadoras de carne na sede do Sicadergs, em Porto Alegre. De acordo com Moussalle, o maior volume de vendas para o mercado externo foi de carne industrializada, que subiu de 35 mil para 40 mil toneladas. Os principais mercados neste segmento foram os Estados Unidos e a Europa.
Na carne in natura, o que recuperou as exportações foi a retomada do mercado chileno, suspenso por causa dos focos de febre aftosa detectados em 2001 em municípios gaúchos.
As indústrias ainda aguardam uma resposta do Egito para voltar a exportar carne para aquele país. A meta para este ano é vender 65 mil toneladas ao Exterior. Moussalle admitiu que o objetivo é chegar a 100 mil toneladas, mas isso só vai ser possível quando o Rio Grande do Sul tiver condições de vender carne in natura para os Estados Unidos.
Hoje, os americanos importam do Estado somente carne cozida e enlatada. O coordenador do programa South Brazilian Beef, James Cleary, acredita que o Rio Grande do Sul possa acessar o mercado dos EUA antes mesmo dos demais estados brasileiros. Isso porque os gaúchos já estavam em estágio avançado de negociação antes do retorno da aftosa.
Fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint