Com a perspectiva de ocupar o espaço da pecuária e agricultura, devido às sucessivas crises nesses setores, grandes empresas de celulose prometem investimentos bilionários no cultivo de eucaliptos, na produção de celulose voltada à exportação e, num futuro remoto, na fabricação de papel.
Por mais de três séculos, a pecuária de corte foi o motor econômico do RS. Hoje, a produção pecuária no estado enfrenta grandes dificuldades, ao lado do plantio de soja e arroz irrigado.
Investimentos das empresas Stora Enso, Votorantim e possivelmente Aracruz devem somar mais de US$ 3 bilhões nos próximos dez anos no Rio Grande do Sul. As empresas vêm comprando terras para o plantio próprio de eucaliptos e pretendem que outros plantem para elas.
Segundo a Ageflor, associação gaúcha que reúne empresas florestais, o Rio Grande do Sul deve dobrar o tamanho das áreas destinadas ao plantio de árvores, dos atuais 350 mil hectares para mais de 700 mil hectares na próxima década. Há outras projeções que indicam mais de 1 milhão de hectares destinados ao plantio nos próximos anos- – algo como 3,5% da área do estado.
Fonte: Valor Econômico, adaptado por Equipe BeefPoint
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Essa tendência a partir para outros mercados não está acontecendo somente no RS, é uma movimentação de nível nacional. Em Minas por exemplo, não só o eucalipto, mas também a cana de açúcar vem tomando espaço. E percebam que são cultivos de longo prazo, ou seja o produtor que tem se desiludido com a pecuária de corte e leite não pensa em voltar tão cedo para a bovinocultura.
Depois que conseguimos mostrar ao produtor que ser eficiente traz resultados na produtividade, os frigoríficos e laticínios mostraram a eles que comandam o mercado impondo o preço que lhes convém.
Depois de matarem as galinhas dos ovos de ouro (pecuaristas), não adianta chorar, por que produtor custa a se desiludir, mas quando desilude não há dinheiro no mundo que o encante e o faça voltar atrás.