Foi proposta ontem no Rio Grande do Sul a criação de um fundo para incrementar a rastreabilidade com recursos do ICMS pago pelas indústrias. A idéia do grupo de trabalho que trata do assunto é que os frigoríficos beneficiados pelo Agregar-RS recolham 0,5% para este fundo, já que tiveram redução do ICMS de 7% para 2,5%.
Foi proposta ontem no Rio Grande do Sul a criação de um fundo para incrementar a rastreabilidade com recursos do ICMS pago pelas indústrias. A idéia do grupo de trabalho que trata do assunto é que os frigoríficos beneficiados pelo Agregar-RS recolham 0,5% para este fundo, já que tiveram redução do ICMS de 7% para 2,5%.
“Queremos envolver todos os elos da cadeia neste debate para costurar uma proposta. Se ficar assim, teríamos recursos suficientes para iniciar um projeto de rastreabilidade”, disse o coordenador da Comissão de Bovinocultura de Corte da Farsul, Carlos Simm.
Há duas propostas para começar o projeto. Uma delas seria usar o recurso para fazer a rastreabilidade dos terneiros. A outra é proporcionar a migração para o novo Sisbov dos animais já enquadrados no programa. “A partir de janeiro, o produtor [que não migrar para o novo sistema]vai perder o que já investiu no Sisbov e o Estado poderá ficar sem gado para a exportação”, ressaltou Simm em reportagem do Correio do Povo/RS.
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Para deixar claro. Quem exige rastreabilidade são a União Europeia e o Chile, nas exportações de carne bovina “in natura” (a industrializada está excluída da exigência), portanto apenas para estes poderá haver falta de bovinos rastreados, se os frigoríficos exportadores continuarem com a política de não estimular o produtor com preços que remunerem de forma real a rastreabilidade. Pois pequenos e médios frigoríficos direcionados ao mercado interno, que não exigem rastreabilidade, estão pagando no RS valores iguais ou superiores aos exportadores.
Resumo, nem de longe toda a exportação de carne bovina gaúcha estaria sob risco.
Quanto a custos da rastreabilidade, lembro que não envolve apenas o brinco e boton, existe ainda a anuidade da certificadora, auditorias semestrais, custos escriturais dos bovinos (cada bovino vai virar um similar a um funcionário registrado), custos de aplicação dos brincos e operacionais de campo.
Julio Tatsch, agropecuarista no RS e delegado repres. do sindicato rural de Caçapava do Sul – RS.
É muito importante que o produtor venha aderir ao novo Sisbov, primeiro para ele não perder seu capital investido. E outra, com a rastreabilidade vem também outra série de incentivos ao produtor e certificação como o Eurepgap. Por que o produtor que tem sua propriedade com a certificação Eurepgap ganha 3% a mais na arroba do boi, com isso tendo reconhecimento e qualidade do seu produto.