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RS finaliza programa para pecuaristas familiares

O governo gaúcho está finalizando o programa de Pecuária Familiar, que será lançado em breve. A proposta objetiva a capacitação, melhora da produção, estudo de inserção de mercados e de agregação de valor, além de atividades extra-agrícolas, como ações nas áreas de artesanato, turismo rural, de diversificação da produção e infra-estrutura. O anúncio foi feito pelo presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Caio Tibério Rocha, durante o 1o Fórum da Qualidade e Tecnologia Agropecuária do Rio Grande do Sul, que aconteceu ontem (27), em Porto Alegre.

Para 2004, o programa tem como meta capacitar dois mil pecuaristas e familiares, construir duas unidades didáticas e adequar dois centros de treinamento. O setor reúne entre 40 mil a 45 mil famílias em todo o Estado.

O estudo foi desenvolvido em parceria entre a Emater e técnicos da área de desenvolvimento rural do Estado. Segundo o diagnóstico, em regiões de economia deprimida, como Campanha, grupos de pequenos produtores rurais sobrevivem com dificuldades, estando à margem das políticas públicas voltadas para o setor rural.

O levantamento de campo identificou ainda a presença de pecuaristas familiares em outras regiões, mas que se encontram dispersos. Este público está localizado na Metade Sul do Estado, nos Campos de Cima da Serra, na Região Metropolitana e no Litoral Norte, na Depressão Central e na Região das Missões e Alto Uruguai.

A maior parte dos produtores possui propriedades situadas em áreas marginais para a agricultura, via de regra localizadas em ambientes frágeis, em solos arenosos, com afloramento de rochas e topografia acidentada, o que determina precaução e cautela no momento de propor alternativas tecnológicas para estes ambientes.

Esses pecuaristas detêm pequenos rebanhos, mas, juntos, totalizam cerca de três milhões de cabeças de bovinos. A renda gerada pela pecuária tem origem no desfrute animal, além da venda de produtos para consumo como doces caseiros e queijo.

No aspecto genético do rebanho, o objetivo é melhorar a produção, colocando à disposição 100 touros e 200 carneiros melhoradores. Os animais serão adquiridos pelo programa e distribuídos aos criadores com recursos do Programa Troca-Troca de Forrageiras, previstos em R$ 200 mil.

A melhora da produção ocorrerá ainda através da inseminação artificial, em cursos de capacitação a inseminadores.

Fonte: Jornal do Comércio/RS (por Karen Viscardi), adaptado por Equipe BeefPoint

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