Mercado Físico da Vaca – 13/04/10
13 de abril de 2010
Mercados Futuros – 14/04/10
15 de abril de 2010

RS: frigoríficos reclamam das exigências do BNDES

Com fôlego renovado para investir após a crise financeira dos últimos dois anos, os frigoríficos gaúchos enfrentam dificuldade em tomar financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com fôlego renovado para investir após a crise financeira dos últimos dois anos, os frigoríficos gaúchos enfrentam dificuldade em tomar financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Carne do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen, as diretrizes nacionais adotadas pelo banco em outubro de 2009 a fim de regularizar e aumentar o nível de conformidade socioambiental da cadeia produtiva da pecuária bovina em regiões como a Amazônia prejudicam o acesso a crédito em estados como o Rio Grande do Sul. “Desde a suspensão do recolhimento do PIS/Cofins, estamos numa fase nova no setor frigorífico em que pequenas e médias empresas estão em situação de tomar crédito, se profissionalizar, fazer melhorias. Acho que está se cometendo um erro porque isso começou com o boi pirata, foi estendido para todo o país e aqui temos uma realidade regional diferenciada.”

Pelas diretrizes, aplicadas até para operações do Finame, empresas frigoríficas e de abate de animais precisam comprovar durante o período de análise do crédito, por exemplo, que todas suas unidades mantêm cadastro de fornecedores diretos com informações como ponto georreferenciado da fazenda atrelado à identificação do pecuarista.

Segundo o banco, a comprovação do mapeamento das propriedades rurais acontecerá em auditorias semestrais obrigatórias nas operações, não sendo necessário, portanto, ser atestado por órgãos oficiais ligados ao governo.

Em 12 meses, o Rio Grande do Sul deve contar com dados públicos de georreferenciamento em 110 mil fazendas nas fronteiras com Argentina, Uruguai e divisa com Santa Catarina. A primeira fase do projeto deve ser concluída até sexta-feira. As coordenadas geográficas estão sendo inseridas no sistema de defesa agropecuária, o que permitirá, no futuro, agir mais rapidamente numa emergência sanitária.

A matéria é de Patricia Meira, publicada no Correio do Povo/RS, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.