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RS: governo forma grupo de trabalho para estudar reivindicações da indústria da carne

O governador Tarso Genro anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar e apresentar alternativas a um conjunto de seis reivindicações apresentadas pelo Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs) ao governo do Estado, com o objetivo de superar alguns gargalos que o setor, que reúne 121 estabelecimentos, gera oito mil empregos e tem um faturamento anual de R$ 2 bilhões e 200 milhões de reais.

O governador Tarso Genro anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar e apresentar alternativas a um conjunto de seis reivindicações apresentadas pelo Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs) ao governo do Estado, com o objetivo de superar alguns gargalos que o setor, que reúne 121 estabelecimentos, gera oito mil empregos e tem um faturamento anual de R$ 2 bilhões e 200 milhões de reais.

O grupo será formado pelos secretários da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, e do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, e, ainda, pelo presidente da Fepam, Carlos Fernando Niedersberg, atuando sob a coordenação do secretário Mainardi.

Conforme o governador, que se mostrou sensível às reivindicações apresentadas, o governo tem compromisso em apoiar os setores produtivos. “Vamos estudar as propostas, examinar a viabilidade e construir as políticas possíveis para atender os pleitos aqui apresentados”, disse Tarso Genro. Mainardi, por sua vez, depois de destacar uma série de ações que estão sendo desenvolvidas pelo Estado para apoiar o setor da carne, as quais buscam aumentar a produção, através do crescimento da produtividade, e a qualidade.

Uma das primeiras ações anunciadas pelo secretário é uma operação de fiscalização para diminuir a informalidade, reduzir os abates clandestinos e combater o abigeato. Segundo o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, a indústria da carne, responsável por 50 milhões anuais da arrecadação do ICMS vem operando com uma capacidade ociosa média, nos últimos anos, de 40%.

Para uma capacidade instalada de 2.700.000 cabeças de bovinos, bubalinos e ovinos, os estabelecimentos vinculados ao sindicato, que respondem por 80% do abate gaúcho, nos últimos três anos abateram, em média, 1.726.692 cabeças. Uma das reivindicações da indústria da carne é a imposição de barreiras para conter as exportações de gado em pé, movimento que tem aumentado nos últimos anos.

Além disso, ainda segundo o presidente do Sicadergs, parte dos pecuaristas também sofre prejuízos em função das dificuldades que se criam para a reposição dos rebanhos e o Estado não obtém retorno para os investimentos feitos em sanidade. Entre outras medidas que busquem contribuir para o aumento de oferta à indústria, o sindicato propõe tarifação sobre as exportações de bovinos vivos, a criação de um programa similar ao Mais Ovinos no Campo, em que o Estado, através do Banrisul, com a coordenação da Secretaria da Agricultura, criou linhas de financiamento para a retenção de matrizes e aquisição de matrizes e reprodutores, e uma fiscalização mais rigorosa do estado ao locais em que os animais destinados à exportação ficam concentrados.

Também solicitaram a ampliação dos créditos presumidos concedidos pelo programa Agregar/RS, contemplando também as vendas interestaduais e para o processamento de matéria adquirida em outros estados que venha a ser comercializada no Rio Grande do Sul. Ainda sobre este tema, solicitaram intensificação dos trabalhos que busquem incluir mais estabelecimentos neste programa, assim como da fiscalização sobre aqueles estabelecimentos que ainda não aderiram.

Por fim, reivindicaram maior agilidade na liberação de projetos de confinamento, maior atuação do Estado para pressionar o governo da Rússia na liberação dos estabelecimentos gaúchos para a venda de carne in natura para aquele mercado, que já representou 60% das vendas internacionais dos frigoríficos locais, e também uma estrutura maior do Cispoa para fiscalização e aprovação de projetos de adesão das indústrias ao Sisbi. Também ratificaram o apoio do segmento ao Programa Carne Gaúcha, em fase de montagem pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, por entenderem que, com a sua implantação, haverá diferenciação do produto gaúcho, permitindo a conquista de novos mercados.

Fonte: Governo do RS, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

3 Comments

  1. Wanderley Kovalsky Moreira disse:

    Sou a favor de várias medidas que beneficiem a cadaia da carne , mas impor barreiras à exportação de gado vivo é um absurdo, pois esta medida favorece apenas os frigoríficos e vai totalmente contra os pecuarista que são o elo fraco do setor.A exportação de gado vivo serve como regulador do mercado e além disso é mais uma opção que o já sacrificado pecuarista tem para colocar sua mercadoria.Espero , sinceramente , que o governo do Estado não caia nesta armadilha dos frigoríficos.

  2. Fernando Furtado Velloso disse:

    Perigo à vista.
    Entre os pleitos está barrar a exportação de gado em pé.
    Na semana passada tive oportunidade de palestrar no Workshop do Beefpoint e demonstrar com dados técnicos que a exportação de gado vivo é uma atividade complementar e que não prejudica o negócio da carne. De forma contrária ao esperado por muitos, esta atividade fez crecer a pecuária do PARÁ em todos os sentidos (rebanho e produção de carne).
    Atenciosamente,

    Fernando Furtado Velloso
    Gerente de Exportações de Gado Vivo
    Minerva S.A.

  3. Luiz Roberto Saalfeld disse:

    Parabéns à todos os envolvidos nestes pleitos, gostaria de contribuir em alguns aspectos. Vamos colocar o foco também no aumento da produtividade Gaúcha, pois na minha opinião , nosso rebanho não vem acompanhando o aumento do consumo. Estamos longe de ter um rebanho bovino com padrão de qualidade que o mercado comprador (interno & externo) espera que o Rio Grande do Sul possa produzir.