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RS instala barreiras na fronteira

Saiu hoje no jornal Zero Hora uma reportagem especial, assinada por Roberto Netto, que informa a decisão da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, anunciada ontem, de montar barreiras de fiscalização em oito pontos da fronteira do Estado com a Argentina, objetivando promover a desinfecção de veículos e a vistoria de produtos de origem animal e vegetal, devido à suspeita de novos focos de febre aftosa na província argentina de Entre Rios.

Na sexta-feira passada, o governador de Entre Rios, Sérgio Montiel, admitiu a existência de animais com a doença na região. Segundo o secretário de Agricultura gaúcho, José Hermeto Hoffmann, a ação tem caráter preventivo até o esclarecimento da situação sanitária do país vizinho. Estarão envolvidas ainda as secretarias de Justiça e Segurança e da Fazenda. Hoffmann também enviou ofício a entidades do setor agropecuário solicitando apoio junto ao governo federal para um controle efetivo das fronteiras, com o objetivo de evitar novos focos de aftosa no Rio Grande do Sul.

Até ontem, o Ministério da Agricultura não havia recebido informações oficiais do governo argentino sobre o surgimento do foco de aftosa. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Luiz Carlos de Oliveira, solicitou informações ao Senasa (órgão argentino responsável pelo assunto) sobre a situação sanitária da região. Até ontem, Oliveira não havia recebido documento da Secretaria da Agricultura pedindo o fechamento das fronteiras com a Argentina.

O secretário federal também anunciou que será divulgado hoje o resultado dos testes realizados nos 295 animais sentinelas colocados nas propriedades onde foram detectados focos da doença no Noroeste do Estado. Esses testes foram feitos para identificar se não há mais presença do vírus na região. Oliveira adiantou que algumas propriedades serão liberadas para o repovoamento e outras continuarão com os sentinelas, pois muitos exames não foram conclusivos.

Já a sorologia, realizada por amostragem em animais das zonas infectadas e de vigilância, está encerrada, com resultados considerados satisfatórios pelo ministério. Além dos 60 bovinos que passaram por abate sanitário, nenhum outro exemplar precisará ser eliminado.

Barreiras

Por Roberto Netto, com a colaboração de Carolina Bahia, para Zero Hora, 03/01/01

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