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RS: leilões da primavera devem ter preços mais baixos

Se por um lado o baixo preço do boi, a desvalorização das commodities agrícolas e ainda os reflexos da seca formam um cenário pouco propício aos negócios na temporada de primavera, por outro, o momento é bom para quem pretende investir gastando menos. Para atrair pecuaristas com pouco dinheiro no bolso, os valores devem ser convidativos nos remates.

“O comprador poderá pagar o mesmo do que há quatro anos por um reprodutor”, projeta o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler), Marcelo Silva.

Uma das estratégias que serão praticadas é aceitar animais como moeda de pagamento. Pelo menos duas cabanhas de Uruguaiana, GAP Genética e Umbu, aceitarão gado de invernar em troca dos produtos que estarão em pista. “Temos que levar em consideração que o momento é difícil e aceitar todas as moedas possíveis”, justifica o proprietário da Umbu, Ângelo Tellechea.

Para o professor do Departamento de Zootecnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, José Piva Lobato, apesar da crise, o momento é propício para se investir, de olho no longo prazo. “É o momento de se fazer genética: é a escolha dos touros pais da geração a nascer em 2006, que serão os novilhos precoces a ir ao abate em 2008 e 2009, e das novilhas que ficarão na propriedade como vacas melhoradoras nos dez anos seguintes”, afirma.

Nos próximos 60 dias, milhares de reprodutores irão à venda em pelo menos 59 leilões que compõem o calendário oficial do Sindiler.

Além dos remates constantes na agenda do Sindiler, as feiras de primavera serão responsáveis por agitar a temporada agropecuária no estado. Até o dia 18 de dezembro, 90 exposições constam no calendário oficial da Secretaria de Agricultura do Estado.

Além de palco para exibição e, em alguns casos, de julgamentos de animais, os eventos são boas alternativas de negócios para o setor primário. “As feiras que constam no calendário têm crédito facilitado, com a participação do Banrisul”, destaca o secretário de Agricultura, Odacir Klein.

O presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong, se diz otimista com relação aos negócios nos eventos, boa parte organizada pelos sindicatos rurais. “Dentro da atual realidade, a Expointer teve um bom desempenho nas vendas de rústicos e novilhas selecionadas. Espero que isso sirva de norte para as nossas expofeiras”, torce.

Neste fim de semana, já ocorrem as exposições agropecuárias de Vacaria (Expovac) e de Triunfo.

Fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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