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RS: lideranças comemoram reabertura do Chile

A notícia da liberação do mercado chileno foi recebida com alívio e otimismo pelas lideranças gaúchas do setor. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados no Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen, a medida possibilitará aumento imediato entre 2 e 2,5 mil toneladas por mês nas exportações de carnes bovinas do estado, totalizando cerca de 13 mil toneladas embarcadas. Antes da barreira chilena, as vendas para aquele país beiravam as 1,5 mil toneladas mensais.

“Além de retomarmos as exportações, também poderemos atender a fatia que era destinada aos frigoríficos de outros estados como Mato Grosso e Goiás”, ressaltou.

Já o secretário Estadual da Agricultura, Quintiliano Machado Vieira, espera que a reabertura do mercado chileno possa ajudar a elevar o preço do quilo do boi vivo gaúcho em até 10%. “Agora é importante aumentarmos o rebanho do boi rastreado”, lembrou.

De acordo com Lauxen, do Sicadergs, dois frigoríficos gaúchos atendiam ao mercado chileno antes do embargo: o Mercosul, em cinco de suas unidades produtivas no estado, e o Silva, com sede em Rio Grande.

Assim que soube da suspensão do embargo, o frigorífico Mercosul reuniu seus profissionais do setor de exportações para fazer uma análise do mercado chileno e retomou os contatos com os antigos clientes no país, que chegaram a comprar 60% do total das exportações da empresa. “Esperamos que, nas próximas semanas, as vendas para o Chile sejam retomadas e que, em agosto, possamos atingir as 1,2 mil toneladas mensais de carnes que vendíamos para lá antes do embargo”, informou o presidente da indústria, Mauro Pilz.

O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, considerou que a medida coroa o trabalho dos produtores gaúchos e aumenta a responsabilidade na manutenção do estado como área livre de aftosa com vacinação. “Com a abertura chilena, nos credenciamos novamente para ingressar nos melhores mercados do mundo”, destacou em reportagem do Jornal do Comércio/RS.

0 Comments

  1. Xavier Sabino Antunes de Oliveira Neto disse:

    Desejamos que as autoridades do RS deixem de lado o populismo e valorizem nossa condição sanitária, mantendo as barreiras e demais procedimentos que nos diferenciam do resto do Brasil. Só conseguimos reabrir o mercado chileno graças a isto e, a Santa Catarina que se mantém firme com seu status sanitário.

    Penso que jamais conseguiremos competir com o Brasil Central pensando em volume, temos que ter qualidade e sanidade diferentes.