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RS negocia nova remessa de gado vivo ao Oriente Médio

O Comitê de Bovinocultura de Corte da Macrorregião de Pelotas (RS), integrante do Programa Juntos para Competir, negocia nova exportação de gado em pé de pecuaristas do Rio Grande do Sul para o Oriente Médio.

A comercialização, destinada à empresa libanesa com representação em Pelotas, deve beneficiar criadores de aproximadamente 50 municípios, especialmente da Metade Sul. Assim como na primeira experiência, feita no mês de março, a expectativa é de que, a partir do dia 20 de abril, seja vendido novo lote com mais de nove mil terneiros inteiros.

A compra das cabeças de gado, com carregamento previsto para o dia 2 de maio, através do porto de Rio Grande, é realizada por meio de corretores autorizados pela empresa, que estão em contato com pecuaristas interessados em vender.

Segundo o coordenador do Comitê de Bovinocultura de Corte de Pelotas, Antônio Carlos Gonçalves, a venda ao Oriente Médio é vista como mais uma alternativa para o setor, além de mostrar a qualidade do rebanho gaúcho. “Em razão dos cruzamentos, o gado do Rio Grande do Sul apresenta melhor sanidade, é muito mais resistente e de fácil lida. Para se ter uma idéia, na comercialização do primeiro lote, cujo transporte levou 18 dias, a perda, entre nove mil cabeças, foi de apenas sete animais”.

O presidente da Associação Rural de Pelotas (ARP), Elmar Hadler, avalia que a venda do primeiro lote resultou em R$ 4,5 milhões para os pecuaristas da região, além da geração de 100 empregos diretos e de 850 postos de trabalho indiretos. “Com a economia do setor primário estagnada em razão da seca, foi uma injeção de recursos considerável para a bovinocultura e a região, pois também movimentou setores como a indústria de ração, transporte, hotéis e alimentação”, considera.

O novo nicho de mercado foi a alternativa para reaquecer a comercialização. “Uma pesquisa apontou este potencial, já identificado anteriormente por pecuaristas uruguaios. Se eles podem, nós também podemos”, afirma Hadler. A associação disponibiliza a infra-estrutura para a negociação e destina 23 dos 43 hectares para comportar o gado durante o carregamento.

Para participar das negociações, os interlocutores reforçam a necessidade dos produtores ficarem atentos às orientações e exigências relacionadas à vacinação contra a febre aftosa. As regras serão comunicadas nos próximos dias pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SAA) e pelo Mapa. “Sem o cumprimento destas determinações, eles podem perder a chance de vender”, avisa.

Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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