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22 de outubro de 2010
Mercados Futuros – 25/10/10
26 de outubro de 2010

RS: novas pistas abrem disputa por qualidade

Nos últimos dez anos, o Rio Grande do Sul assistiu a um boom dos leilões de gado. Não há estatísticas oficiais sobre o crescimento, mas o fato é unanimidade entre os que fazem a roda girar. Num só dia, chega a acontecer uma dezena desses eventos de venda de reprodutores. Além de oferecer chamarizes como serviços vinculados à atividade, a multiplicação teve como efeito direto a qualificação de touros e fêmeas em pista. A pressão do mercado exigiu animais com mais peso na mesma idade, maior padronização e disponibilidade de informações técnicas como indicações de uso.

Nos últimos dez anos, o Rio Grande do Sul assistiu a um boom dos leilões de gado. Não há estatísticas oficiais sobre o crescimento, mas o fato é unanimidade entre os que fazem a roda girar. Num só dia, chega a acontecer uma dezena desses eventos de venda de reprodutores. Além de oferecer chamarizes como serviços vinculados à atividade, a multiplicação teve como efeito direto a qualificação de touros e fêmeas em pista. A pressão do mercado exigiu animais com mais peso na mesma idade, maior padronização e disponibilidade de informações técnicas como indicações de uso.

“Com certeza, houve uma melhoria importante na qualidade média dos touros ofertados”, opina o veterinário Fernando Furtado Velloso, sócio da FFVelloso & Dimas Rocha Assessoria Agropecuária. Velloso acrescenta que os criatórios tradicionais ainda estão entre os preferidos por terem processos de seleção de longo prazo, reconhecidos no mercado. Por outro lado, os novatos, se empenham de forma redobrada na qualificação do produto final para ganhar terreno. Nesta disputa, as informações técnicas ganham peso e status. Ano a ano, os catálogos trazem mais dados sobre uso, performance e potencial reprodutivo dos touros, indicadores importantes para interessados em elevar a produtividade.

Afora a qualificação da oferta, o crescimento do número de leilões provoca um outro efeito positivo indireto: mais gente está negociando com a orientação de especialistas, o que profissionaliza a compra. Com a disputa acirrada entre cabanhas e a simultaneidade de pregões, especialistas das fazendas, empresas e veterinários têm sido acionados com maior frequência para indicar a escolha adequada em pista ou mesmo decidir o negócio no lugar do proprietário. Parte destes profissionais está na arquibancada, subsidiando investidores, desde empresários de outros segmentos econômicos e que pouco ou nada entendem do metiê, até criadores com dificuldade em analisar as informações técnicas dos catálogos. Outros, são contratados por cabanhas para esclarecer as dúvidas e dar segurança ao negócio.

A reportagem é do Correio do Povo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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