A fim de desenvolver mecanismos para que os 60 mil pecuaristas familiares agreguem renda à atividade, a Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) promoveu debate sobre rastreabilidade e melhoramento genético. De acordo com o diretor de pecuária familiar da federação, Nelson Wild, a idéia é que os produtores rastreiem seus rebanhos com custo zero a partir do programa de credenciamento da Emater e recursos do governo federal.
“Estamos contatando associações de criadores para uma grande parceria para, nas próximas reuniões, definir valores”, avisou. Coordenador do programa estadual de pecuária familiar, o gerente técnico estadual da Emater, Dirlei Souza, ressaltou que, como a certificação é exigida apenas para os criadores que exportam, o pecuarista familiar poderia oferecer terneiros para esses terminadores. “A partir de 2006, a União Européia pressionará para que todo o gado seja rastreado. Propomos trabalho organizado em grupos que vendam seus produtos em feiras e, rastreado, conseguirão preços melhores”, destacou.
Para a presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), Greice Martins, além de fixar o homem no campo, a melhoria da genética amplia a auto-estima do pequeno produtor. “Ele vai ter a ferramenta de trabalho, que é o touro”.
A associação desenvolve, desde 2002, em conjunto com a Emater, o projeto Difusão Genética para o Pecuarista Familiar. “A gente entrega um touro para um grupo de produtores que, um ano depois, devolve dois terneiros”, contou.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint