O Comitê Veterinário de Febre Aftosa do Escritório Internacional de Epizootias (OIE), que se reúne no Rio de Janeiro a partir de segunda-feira (25), deverá devolver o status internacional de área livre de aftosa com vacinação para o Rio Grande do Sul. Esse status foi perdido com o retorno da doença no Rio Grande do Sul em 2000 e em 2001.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rui Vargas, há 15 meses não é registrado nenhum foco da doença no Brasil.
A inclusão de Rondônia como estado livre da aftosa com vacinação, como deseja o governo brasileiro, só deverá ser examinada, no entanto, em maio de 2003, durante a reunião ordinária do comitê dos delegados dos 162 países que integram a instituição, na França.
A recuperação do status de livre da aftosa com vacinação é muito importante para o Rio Grande do Sul, que poderá pôr novamente seus produtos de origem animal no mercado internacional.
Com um rebanho bovino de cerca de 170 milhões de cabeças, o Brasil já tem 50% do seu território e 85% desse rebanho livres da aftosa. Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram os primeiros Estados a serem reconhecidos como livre da doença. Internamente, chegaram a obter o título de livres da aftosa sem vacinação pelo Mapa.
Com a reincidência da aftosa no Rio Grande do Sul, o ministério decidiu manter Santa Catarina como área livre sem imunização e, futuramente, deverá encaminhar pedido nesse sentido ao OIE. Na avaliação dos técnicos, a concessão de status diferenciado pelo Escritório Internacional de Epizootias não interfere na manutenção do atual programa brasileiro de erradicação da doença, que é desenvolvido com base nos circuitos pecuários.
Fonte: O Estado de São Paulo (por Gecy Belmonte), adaptado por Equipe BeefPoint