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RS: Programa Carne Gaúcha almeja rastrear todo rebanho do Estado e melhorar controle sanitário

No prazo de quatro anos todas as mais de 14 milhões de cabeças bovinas do Rio Grande do Sul deverão estar integradas ao Programa de Rastreabilidade. A estimativa do secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, é de que sejam investidos, aproximadamente, 100 milhões de reais em apenas duas vertentes do programa. "Na sanidade animal, com a adesão ao Suasa (Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária), investiremos 31 milhões de reais, sendo 25 milhões do Governo Federal e seis do Governo do Estado, na melhoria de nossas estruturas de vigilância. E, para implantarmos o programa de rastreabilidade, serão necessários aproximadamente 60 milhões de reais", explicou o secretário.

No prazo de quatro anos todas as mais de 14 milhões de cabeças bovinas do Rio Grande do Sul deverão estar integradas ao Programa de Rastreabilidade. Em dez anos, o Estado aumentará em 50% a produção de carnes e, no período de seis anos, deverá dobrar o atual volume de exportação.

Estas são as principais metas do Programa Carne Gaúcha, definidas no Seminário de Alinhamento Estratégico da Cadeia da Carne Bovina, realizado no Hotel Araçá, no município de Capão da Canoa/RS, nos dias 20 e 21. O programa, que vinha sendo chamado de “a melhor carne do mundo”, vai atuar, ainda, na melhoria das condições sanitárias do rebanho do Rio Grande do Sul.

Atualmente, das pouco mais de 14 milhões de cabeças que o Estado possui registradas, apenas 150 mil, criadas em 140 propriedades, são rastreadas. No Estado existem 370 mil produtores que, no ano passado, abateram 1.950.000 cabeças. Destas, 97% foram consumidas pelos gaúchos e apenas 3% foram exportadas.

A estimativa do secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, é de que sejam investidos, aproximadamente, 100 milhões de reais em apenas duas vertentes do programa. “Na sanidade animal, com a adesão ao Suasa (Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária), investiremos 31 milhões de reais, sendo 25 milhões do Governo Federal e seis do Governo do Estado, na melhoria de nossas estruturas de vigilância. E, para implantarmos o programa de rastreabilidade, serão necessários aproximadamente 60 milhões de reais”, explicou o secretário.

O custo médio do brinco é de R$ 4,00, que poderá ser financiado pelo Estado ou pela iniciativa privada ou, ainda, numa ação conjunta entre Estado e produtores. “Vamos, agora, definir o modelo”, antecipou Mainardi. Estas medidas são essenciais para que a carne produzida no Estado seja certificada, condição primordial para que agregue valor, e obtenha o selo “Carne Gaúcha”.

Missões representativas da Câmara Setorial da Carne Bovina devem viajar ao Uruguai, que concluiu, no início deste mês, o programa de rastreabilidade, iniciado há quatro anos. O país possui um número semelhante ao gaúcho de gado bovino. E, também, à Austrália, pioneira neste programa.

Será reativada, ainda, a Central Riograndense de Inseminação Artificial (Cria) para um programa de disseminação de genética, bem como desenvolvidas ações para melhorar a alimentação dos rebanhos. Aliado a isso, o Estado vai ampliar a experiência piloto de combate à tuberculose e à brucelose desenvolvida no Alto Taquari.

As informações são do Governo do RS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Neilor Consentino Fontoura disse:

    Tomara que sigam o bom exemplo uruguaio, o projeto deu certo no Uruguai devido ao fato do governo subsidiar a rastreabilidade, desta maneira houve a obrigatoriedade de todos os produtores aderirem, o que elevou o nivel da pecuária, seria muito importante para o RS se isso acontecesse, mas com o envolvimento do governo, pois todos estão receosos das antigas experiências (fracassadas) de rastreabilidade onde somente quem saiu ganhando foram as empresas de rastreabilidade, e o produtor ficou a ver navios literalmente,partindo sem levar o seu gado para os tão falados mercados mais valorizados.

  2. Rafael Roman Henares disse:

         Parabéns ao Rio Grande do Sul, se tudo ocorrer dentro das normas, será um belo exemplo para os outros estados brasileiros, principalmente para o Mato Grosso que tem o maior rebanho do Brasil, vamos aguardar se isso dará certo.

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Acho a iniciativa válida. Os gauchos possuem um rebanho e uma realidade muito parecida com a uruguaia. Portanto é possível sim rastrear todo seu rebanho. Depende de vontade dos atores envolvidos.