Para garantir que o Rio Grande do Sul tenha gado para abastecer os mercados importadores, a Farsul e a Secretaria da Agricultura (Seapa) pretendem incentivar o cadastro de animais no novo Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).
Para garantir que o Rio Grande do Sul tenha gado para abastecer os mercados importadores, a Farsul e a Secretaria da Agricultura (Seapa) pretendem incentivar o cadastro de animais no novo Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).
O prazo de migração para o novo Sisbov encerra-se em 31 de dezembro. Os animais não cadastrados terão de ser abatidos ou perderão a condição de rastreados e o criador terá de reiniciar o processo.
Um projeto-piloto que está sendo desenvolvido com esse fim será discutido com a cadeia produtiva. Segundo o coordenador da Comissão de Bovinocultura de Corte da Farsul, Carlos Simm, o primeiro passo é assegurar a informatização das inspetorias veterinárias do estado. “Depois, buscaremos linhas de financiamento”, adiantou em reportagem do Correio do Povo/RS.
Dados apresentados ontem, em reunião da comissão, apontaram que há 230 mil bovinos cadastrados no RS, enquanto que no MS já são 2,08 milhões.
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Essa comissão da Farsul e o Sr Carlos Simm deveriam tentar achar uma resposta, discutindo com os produtores da região, o porque que aqui no RS chegamos a ter mais de 4000 propriedades inseridas no Sisbov e hoje não chega a 300.
Mais de 90% dos produtores desistiram de rastrear e eles nem se preocuparam em saber porque? Uma coisa, pelos menos é certa, não foi por falta de computadores nas inspetorias, nem porque precisamos de dinheiro emprestado para pagar os brincos.
O que está por trás do Novo Sisbov é a informação real da oferta de boi gordo (idade entre 3/4 anos) em cada UF (ou até municípios) para os 5 frigoríficos manipularem o preço da arroba em todo o Brasil.
Infelizmente, a única forma do produtor sair deste monopólio é exportando cada vez mais boi em pé.
Na condição de ex-presidente do sindicato rural de Caçapava do Sul e ex-membro da comissão de bovinocultura da Farsul, reforço o questionamento do colega Julio F.Lima, porém direcionando-as ao coordenador da comissão e a direção da Farsul.
Acrescentando que como presidente ou diretor do sindicato, enviei pelo menos três ofícios a Farsul, o primeiro a mais de ano, solicitando e sugerindo a Farsul a necessidade desta realizar reuniões com os produtores, aos menos nos sindicatos onde a pecuária de corte tivesse relevância econômica no município, de forma que as bases fossem ouvidas sobre o assunto. Bem como a necessidade da Farsul expor aos produtores seus interesses envolvidos na rastreabilidade, no caso o S.I.R.B ( Sistema de rastreabilidade bovina).
Porém lamento que jamais recebi resposta por escrito de minhas solicitações sobre o assunto, da mesma forma que as discussões permaneceram restritas e divulgadas de forma parcial.
Como agravante, hoje (19.set.07) saiu artigo em jornal do RS, indicando que o estado pode editar lei obrigando a rastreabilidade. Todavia o coordenador da comissão de bovinocultura e a direção da Farsul tem conhecimento que parcela significativa dos produtores, e provavelmente a maioria se considerado as áreas do estado onde a pecuária tem relevância econômica, são pela manutenção da opcionalidade no rastrear.
Os frigoríficos exportadores querem continuar com todos os benefícios da exportação, e a forma de manter o quadro atual e tornar a rastreabilidade bovina “obrigatória”, pois na prática podemos dizer que hoje estes não remuneram o produtor gaúcho pela rastreabilidade, pois muitos pequenos e médios frigoríficos remuneram os bovinos gordos a valores iguais ou superiores o produtor não exigindo que sejam rastreados.
Julio Tatsch, agropecuarista no RS e delegado repres. do Sind. Rural de Caçapava do Sul-RS